Com informações do G1 - GO
Um
professor da rede estadual de ensino, de 42 anos, e um estudante de direito, de
23, foram presos, nesta terça-feira (7), suspeitos de oferecer dinheiro para
adolescentes em troca de favores sexuais, em Damolândia, na região central de
Goiás. De acordo com a Polícia Civil, o aliciamento ocorreu durante um torneio
de futebol na cidade.
Câmeras
de segurança de uma escola registraram a abordagem dos suspeitos, realiza em
julho deste ano (veja acima). Nas imagens, o universitário Cássio Henrique
Souto chega em uma moto e começa a conversar com adolescentes. Em seguida, o
professor Gilberto Ribeiro Ramos, o outro suspeito, chega em um carro branco.
“Estudantes
com idades entre 14 e 17 anos, de várias cidades, participavam deste evento
esportivo em Damolândia, quando os dois abordaram estes adolescentes oferecendo
dinheiro em troca de favores sexuais, como ver as partes íntimas dos menores,
ou praticar atos obscenos junto com eles”, contou o delegado Humberto Teófilo
Menezes Neto, responsável pelas investigações.
Celulares
e notebooks dos suspeitos foram apreendidos e serão periciados. Gilberto foi
detido em Nova Veneza, e Cássio Ambos estão presos na Cadeia de Inhumas após
serem indiciados pelos crimes de favorecimento à prostituição e pedofilia. A
polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de um terceiro
investigado.
Segundo
a polícia, pelo menos nove vítimas foram ouvidas e confirmaram que recebiam
dinheiro para praticar atos obscenos para o professor e o estudante.
“Vamos
apurar o material apreendido, mas já sabemos que, além de ver e praticar atos
obscenos, eles também fotografaram as partes íntimas dos adolescentes. Estas
abordagens aconteciam durante a tarde e a noite, entre os jogos, na escola onde
os estudantes estavam alojados”, disse o delegado ao G1.
Uma
testemunha, que conhece os dois suspeitos, disse à TV Anhanguera que eles já
praticam o crime há bastante tempo. "Eles praticam esses atos há mais de 5
anos. Eles abordaram os menores na rua, combinaram de sair à noite. Aí os
menores foram flagrados pulando o muro e entrando no carro onde eles
estavam", afirmou a mulher, que preferiu não se identificar.
O
que dizem os envolvidos
A
defesa de Cássio disse que a prisão dele é injusta e que vai entrar com
recurso. Já o representante de Gilberto afirmou que só vai falar sobre o caso
quando tiver acesso ao processo.
Em
nota enviada ao G1, a Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte
(Seduce) disse que "repudia total e veementemente" o comportamento e
que orienta as escolas a denunciar casos suspeitos havendo desconfiança ou
reclamação.
O
comunicado esclarece ainda que "vai abrir imediatamente um processo
administrativo contra o referido professor e que, se for constatada a veracidade
dos fatos, além da punição criminal ele pode ser exonerado". Também será
apurado se houve negligência da unidade educacional.
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