Com informações do Agora MT
O
número de boletins de ocorrência em Mato Grosso motivados por homofobia
aumentou cinco vezes nos últimos seis anos. Em 2011 foram 17 registros e em
2017 (de janeiro a agosto) já são 89. Os dados são do Grupo Estadual de Combate
aos Crimes de Homofobia (GECCH), que faz parte da Secretaria de Estado de
Segurança Pública (Sesp-MT).
Em
2012 foram registrados 24 boletins, no ano de 2013 o número subiu para 45, já
em 2014 caiu para 27, em 2015 subiu para 60 e em 2016 o número chegou a 67. De
janeiro a agosto deste ano foram 89 ocorrências motivadas por homofobia. Nesses
seis anos os registros chegam ao total de 329.
Segundo
o secretário do GECCH, major PM Ricardo Bueno, o aumento no número pode estar
relacionado a vários motivos, como o maior acesso acesso a informação dos
direitos garantidos aos LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
transexuais).
De
acordo com o levantamento realizado pela equipe do GECCH, o Acre é o estado com
maior número de mortes relativas a homofobia, com uma morte para cada 270 mil
habitantes. Em segundo fica Alagoas, com um homicídio para cada 279 mil e Mato
Grosso ocupa a terceira posição, com 1 assassinato para cada 367 mil moradores.
Ações
do GECCH
Em
Mato Grosso, desde 2009 os boletins de ocorrências registrados contam com a
motivação de homofobia. Em 2010 foi incluído o campo para nome social de
travestis e transexuais e em 2016 passou a ter a orientação sexual. “Com essa
formatação do boletim de ocorrência, Mato Grosso se tornou referência nacional.
O objetivo é garantir o respeito e a dignidade às vítimas LGBTs”, ressalta
Bueno.
Uma
das razões para essa formatação é o fato de que com isso é possível ter um
indicador da quantidade de vítimas LGBTs que registram ocorrências no Estado.
Assim o Grupo Estadual de Combate a Crimes de Homofobia pode atuar de forma
integrada e sistêmica, materializando os índices de criminalidade referentes à
população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
A
unidade representa a ação do Estado na prevenção e combate a homofobia e na
recuperação da confiança da população homossexual nos órgãos de segurança
pública, por meio da humanização do serviço policial, com a capacitação e
formação educacional contínuas. “A ideia é sensibilizar, cada vez mais, os
servidores para prestar o melhor atendimento a todos os cidadãos que buscam a
Segurança Pública de Mato Grosso”, completa o major PM Bueno.
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