Alto Taquari| Ex-prefeitos são investigados por suposto "golpe da água"
Após
denuncia, o MP instaurou na quarta-feira (27), o Inquérito Civil para
investigar o pagamento de R$ 79.461,40 assim como os serviços prestados ao município
por uma empresa terceirizada responsável pela manutenção da rede de
água de Alto Taquari. De acordo com a denúncia, os serviços foram realizados por servidores municipais, ao mesmo tempo em que as informações prestadas na Nota Fiscal estariam
acima dos serviços executados entre dezembro/2016 e janeiro/2017.
A empresa começou a prestar serviços em dezembro de 2016 na gestão Mauricio de Sá. Já em janeiro de 2017, a empresa continuou prestando os serviços, no entanto, na gestão de Lairto Sperandio. Porém, quem atestou a realização dos serviços foi o servidor Miguel Ângelo, que poderá responder por improbidade caso seja comprovado à fraude.
Visando
constatar a situação e colher informações preliminares, o Ministério Público
realizou vistoria no setor responsável pelo serviço, situado dentro do
Almoxarifado, momento em que se constatou apenas uma ordem de serviço expedida
em janeiro de 2017.
Na
Nota Fiscal, consta a prestação dos seguintes serviços realizado pela empresa
no período de dezembro/16 a janeiro/17: “536 religação/ligação no fornecimento
de água; 3375 vistorias de unidades consumidoras de débitos contestados; 3750
cadastro e recadastro de unidades consumidoras; 89 remanejo de cavaletes com
distância de até 5 metros; 20 remanejo de cavaletes com distância acima de 5
metros; e "150" desenvolvimento e customização dos softwares e
aplicativos (SIC).”
Para
o Promotor de Justiça, o Diretor
do Departamento de Saneamento Básico, Edivaldo Francisco Rosa, confirmou que os
serviços constantes na Nota Fiscal anexada sempre foram realizados por ele, com
o apoio de outros dois servidores municipais, desconhecendo a atuação da
empresa representada neste sentido.
“Considerando
que o serviço foi atestado como realizado por Miguel Angelo Froes,
possivelmente de forma falsa, indicando a prática de peculato; E tendo em vista
a necessidade de investigações para apurar a extensão da lesão ao erário,
enriquecimento ilícito e a procedência da representação anônima RESOLVE instaurar o Inquérito Civil”
concluiu o Promotor de Justiça, Marcelo Linhares.
Inquérito registrado sob nº 000826-046/2017
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