Mato Grosso| Oito adolescentes são ouvidas por Delegado que apura abusos cometidos por coordenador de projeto social em Vila Rica
Da Redação com G1 - MT
Oito
adolescentes que trocavam mensagens com o coordenador de um projeto social, em
Vila Rica, a 1.276 km de Cuiabá, que está preso desde o último dia 15 por
suspeita de abusar sexualmente de alunos do projeto, serão ouvidos pelo
delegado que investiga o caso. A investigação começou após a polícia receber
denúncias de que o homem aliciava uma adolescente de 13 anos. No projeto, os
alunos aprendem instruções pré-militares e educação cívica.
O
delegado Gutemberg de Lucena Almeida já colheu depoimentos de outros três
adolescentes que participavam do mesmo projeto e teriam sido abusados pelo
suspeito. A investigação agora procura identificar outras possíveis vítimas dos
abusos sexuais.
“Sabemos
que ele estuprou uma das menores, mas desconfiamos de mais casos, por isso
investigaremos quais foram os tipos de abuso que ele, de fato, cometeu”,
explicou.
De
acordo com o delegado, assim que soube que estava sendo investigado, o
coordenador, que era conhecido pelas crianças e adolescentes do projeto como
“Comando” ou “Comandante”, apagou a maioria das mensagens e fotografias que
estavam em seu celular.
“Uma
das meninas que fazia parte do projeto avisou a ele [o coordenador] que havia
sido procurada pela polícia e que estávamos investigando. Isso prejudicou a
investigação”, contou.
Durante
a apuração da denúncia os policiais descobriram que o coordenador trocava
mensagens de conteúdo pornográfico com a adolescente. Em trechos da conversa,
ele pede fotografias e a chama de “vadia”.
Gutemberg
contou que o suspeito ainda induziu que adolescentes inscritos no projeto
mentissem versões em seus depoimentos, além de fazer com que assumissem a
autoria dos materiais pornográficos encontrados no escritório dele.
Conteúdo
pornográfico
Durante
a prisão do suspeito, foram apreendidos aparelhos celulares, um computador e um
notebook, contendo arquivos de conteúdo pornográfico, como vídeos de sexo com
crianças e adolescentes baixados da internet. Munições calibre 18 também foram
encontradas.
No
celular do coordenador, várias mensagens de garotas inscritas no projeto foram
encontradas. As adolescentes possuem entre 12 e 18 anos. Em algumas mensagens o
suspeito sugeria que as adolescentes fizessem sexo com ele.
O
coordenador foi autuado em flagrante por armazenar material pornográfico de
criança e adolescente, previsto no Estatuto da Criança e do adolescente (ECA),
fraude processual e posse ilegal de munições.
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