Da Redação com PJC-MT
Mesmo com a redução de 37% no período 1º de janeiro a 21 de maio de 2017 em Cuiabá, e 58% em Várzea Grande, os dirigentes das forças de segurança pública estão preocupados com avanço nos crimes de homicídio praticados contra mulheres.
Para auxiliar no enfrentamento a esta modalidade criminosa, será criado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) em conjunto com a Polícia Civil e Polícia Militar, um grupo de trabalho que irá discutir as estratégias e articular um planejamento integrado de atuação e combate a esses crimes.
“A Polícia Civil, por exemplo, pode ver pela Delegacia da Mulher de onde as vítimas haviam feito registro de ocorrência, quantas das vítimas tinham medidas protetivas e quantas não tinham”, comentou o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas.
Um dos 12 assassinatos registrados na capital em 21 dias do mês de maio, foi o da estudante de Direito Dinéia Batista Rosa, morta com tijoladas no último dia 20. Ela foi agredida pelo ex namorado. O crime ocorreu no bairro Serra Dourada, em Cuiabá.
De janeiro a 30 de abril deste ano 24 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso, 4 em Cuiabá e 2 em Várzea Grande. No mesmo período do ano passado foram 32 no Estado, 3 na capital e 6 em Várzea Grande.
A criação e a composição do grupo de trabalho vão ficar a cargo da Secretaria Adjunta de Inteligência da Sesp.
Raio-x dos homicídios
Conforme a Coordenadoria de Estatísticas e Análise Criminal da Sesp, 83% dos homicídios na capital foram cometidos com arma de fogo, 9% com objeto contundente e 8% com arma cortante ou perfurante.
Já em Várzea Grande, em 68% dos crimes houve uso de arma de fogo, 25% com arma cortante ou perfurante e 7% com objeto contundente.
O comandante regional de Várzea Grande, coronel Alessandro Ferreira da Silva, explica que por meio de abordagens, barreiras e blitzes, a Polícia Militar conseguiu retirar de circulação muitas armas de fogo ilegais.
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