Em
sete dias de greve dos funcionários do Centro de Tratamento de Cartas e
Encomendas dos Correios, no Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, região
metropolitana de Cuiabá, mais de 20 mil encomendas não foram entregues. Os
servidores pararam as atividades após a morte cerebral do colega de trabalho,
Celso Luiz Gomes, de 47 anos, decretada na terça-feira (28), em função de uma
infecção por histoplasmose, mais conhecida como doença do pombo.
Por
meio de assessoria, os Correios afirmaram que aguardam uma nova assembleia da
categoria que deve decidir o rumo da greve. Para regularizar a situação das
encomendas, a empresa deve colocar um plano de ação contingencial para “mitigar
os efeitos da paralisação”.
Sobre
as questões sanitárias, os Correios afirmaram que procederam com a desinfecção
do local de trabalho dos funcionários e instalou telas fixas e cortinas nas
portas do complexo. Além disso, a empresa disse que disponibilizou exames
médicos com pneumologistas para os servidores.
Cerca
de 300 funcionários cruzaram os braços após a morte do colega. Segundo Erineu
Sampaio da Silva, representante do Sindicato dos Trabalhadores dos Correiros de
Mato Grosso (Sintect-MT), passam diariamente pelo centro de distribuição 3,5
mil encomendas.
O
prédio onde os servidores trabalham havia sido interditado pela Justiça do
Trabalho por causa da infestação de pombos. Segundo o sindicato, Celso Luiz foi
infectado com a doença causada pela infestação no local de trabalho. Após a
morte cerebral, o corpo dele foi velado no sábado (31) e enterrado em um
cemitério de Várzea Grande.
Segundo
Erineu, a categoria deve se reunir para decidir o rumo da greve. “A empresa
realizou a limpeza, mas não atendeu todos os nossos pedidos”, afirmou.
Entre
as solicitações dos servidores está a limpeza constante do centro de
distribuição e o pagamento dos dias parados. “Não fomos nós que causamos tudo
isso. A empresa é que esperou alguém morrer para fazer a limpeza”, declarou.
G1
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