Mato Grosso| Estado tem 55 mil crianças e adolescentes fora da escola, aponta levantamento
Mato
Grosso tem 55.176 mil crianças e adolescentes de 4 e 17 anos fora da escola,
segundo levantamento feito pelo movimento Todos Pela Educação. Os dados levam
em consideração os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
(Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O
número de estudantes fora das salas de aula representa pouco mais de 8% do
universo total de alunos do estado. Ao todo, 667.769 crianças e adolescentes
estão matriculados em Mato Grosso.
De
acordo com o levantamento, a faixa etária de alunos com idade entre 15 e 17
anos é a que mais tem estudantes fora da escola. No estado, são 118 mil alunos
matriculados nestas idades. Em contraponto, 34.594 mil adolescentes estão longe
das salas de aula. Do número total de crianças e jovens fora das salas de aula,
quase 6 mil tem idade entre 6 e 14 anos.
O
maior avanço de Mato Grosso está relacionado a queda do número de crianças
entre 4 e 5 sem atendimento escolar. Em 2005, quase 43 mil crianças estavam
fora da escola no estado. Após uma década, o número caiu para 14,8 mil, de
acordo com o levantamento.
A
taxa de atendimento de crianças e adolescentes na escola no estado aumentou 4,9
pontos percentuais desde 2005, atingindo 92,4% em 2015. O aumento é maior que a
média nacional de 4,7 pontos percentuais. O crescimento, no entanto, ainda é
insuficientes para alcançar a Meta 1 do movimento para o ano de 2016, que era
96,4%.
No
Centro-Oeste, o estado com o maior crescimento no atendimento é Goiás, com 5.6
pontos percentuais. Apesar da liderança, o estado apresentou aumento no número
de crianças entre 6 e 14 anos fora da escola. Já o Distrito Federal e Mato
Grosso do Sul apresentaram, respectivamente, 3.5 e 3.2 pontos de crescimento no
atendimento escolar.
Os
dois estados, porém, também tiveram aumento no número de crianças e jovens fora
da escola nas faixas etárias entre 4 e 5 anos e 15 a 17 anos.
Para
Priscila Cruz, presidente executiva do Todos Pela Educação, o número é
preocupante, pois afeta principalmente as crianças mais “vulneráveis”. “Essas
crianças que estão fora da escola são exatamente as que mais precisam porque em
geral são as deficientes, as mais pobres, e que moram em lugar mais ermos.”
Para
ela, as razões para a evasão do ensino médio são múltiplas, e parte delas,
podem ser resolvidas se a reforma do ensino médio for bem implementada.
“Trabalho, gravidez precoce, violência e tráfico de drogas, diferentes
situações da família. Também tem a questão da repetência múltipla, por isso que
a política de progressão continuada é tão importante, é preciso garantir que o
aluno aprenda para não repetir de ano”, explica Priscila.
G1
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