A condenação do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo juiz Sergio Moro, nesta quinta-feira (30), a 15 anos e quatro meses de prisão, pode ser a gota d'água que faltava para que o ex-presidente da Câmara decida fazer um acordo de delação premiada.
Caso Cunha decida pela delação, a questão seria se ainda interessa a Moro, já que agora os investigadores da Lava Jato trabalham com diversas fontes de informação, conforme lembra a jornalista Cristiana Lobo no G1.
Os últimos acordos de delação concedidos pela Justiça, inclusive, tiveram critérios mais rígidos, como é o caso de Marcelo Odebrecht. O herdeiro da empreiteira pegou dez anos de prisão.
O deputado cassado deixa claro que não quer ser punido sozinho. Uma prova disso foi a indicação do presidente Michel Temer como sua testemunha. Por isso, a condenação causa tensão no Congresso.
Agora, segundo a jornalista, espera-se que decisões como a manutenção do foro privilegiado, bem como o debate sobre abuso de autoridade e a reforma eleitoral se resolvam no sentido de proteger os envolvidos.
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