Foco e Fé| Perdoar ou guardar magoas? Lembre-se do 70 x 7
Uma
vez, quando questionado sobre quantas vezes deveríamos perdoar alguém, Jesus
respondeu: “…até setenta vezes sete”. (Mateus 18.21-22) Em outras palavras,
Cristo queria dizer que devemos perdoar quantas vezes for necessário. O “até”
não expressa um limite. É justamente o contrário. O desafio de Jesus para nós é
perdoamos, sem levarmos em conta quantas vezes o fizemos.
Quando
se trata do nosso relacionamento com Deus, mesmo que em algum momento tenhamos
nos afastado Dele, Ele nos convida a chegarmos mais perto. Ele zera o placar.
Deus não fica trazendo à memória aquilo que fizemos e que não O agradou. Ele
perdoou e ponto final. Mas é certo, como a Terceira Lei de Newton diz, para
cada ação há uma reação. O perdão não nos livra das consequências dos erros
cometidos. E cá entre nós? Ainda bem! Caso contrário, jamais aprenderíamos
algumas valiosas lições.
Em
Sua arte de perdoar, Deus nos olha com Sua visão restaurada sobre nós. Mas
quando o erro do outro me afeta, nem sempre é tão fácil olhar para ele de forma
reiniciada, reformada. E aí, eu te pergunto: O perdão é bom apenas no reino das
transgressões menores? Existe um limite? Por que não zeramos o placar?
Mais
uma vez, Jesus responde com graça e sabedoria. Além de estabelecer o Reino de
Deus aqui na terra, Cristo ainda nos lança mais um desafio: um novo mandamento.
E esse consistia em “amar uns aos outros” (João 13.34-35). Até aí tudo bem,
certo? Certo! Mas o Mestre vai mais adiante, “amem-se uns aos outros”, Ele diz,
“como Eu os amei”. Espera aí, Jesus. Agora o Senhor pegou pesado!
“Que
papo é esse que devo perdoar quem me ofendeu quantas vezes for necessário? E
além disso devo amar como Jesus? ”. É isso aí. Você não leu nada errado. A
única questão que nos impede de fazer tudo isso é a covardia. O amor de Jesus
foi extravagante. Ele ofereceu brandura, quando todos os outros estendiam
pedras de amargura. O Mestre demonstrou graça e misericórdia, e todos os outros
ofertavam ódio e repugnância. E Ele nos convida a fazer o mesmo.
O
perdão que Deus nos oferece é caro, porque fluiu da cruz. Nada a ver com
esquecer, mas acabar com o ciclo da vingança. Perdão é um ato de vontade. O perdão
é a única chave do beco sem saída, e nos leva a avançar para a reconciliação.
Seguir os passos de Jesus é viver sob a ótica de justiça que Ele tem. Perdoar
ao invés de julgar!
Somente
pelo perdão é que alcançamos uma vida leve. O apóstolo Pedro nos lembra dessa
missão: “Tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre uma
multidão de pecados”. (I Pedro 4.8)
Via Escolhi Esperar
Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.