Economia| Pela 1ª vez em um ano, depósito em poupança supera saque
O
volume de recursos que os investidores depositaram na poupança em novembro, já
descontados os saques, somou R$ 1,881 bilhão, informou nesta terça-feira, 6, o
Banco Central.
Foi
o primeiro mês de captação líquida para a poupança desde dezembro do ano
passado. Em novembro de 2015, a poupança havia registrado saque líquido de R$
1,303 bilhão e, em outubro deste ano, saída líquida de R$ 2,712 bilhões.
Em
2016 até o momento, em função da crise econômica, que faz as famílias
recorrerem aos recursos da poupança para fechar as contas, foram verificados
saques líquidos em todos os meses, com exceção de novembro: R$ 12,032 bilhões
em janeiro, R$ 6,639 bilhões em fevereiro, R$ 5,380 bilhões em março, R$ 8,246
bilhões em abril, R$ 6,592 bilhões em maio, R$ 3,718 bilhões em junho, R$ 1,115
bilhão em julho, R$ 4,466 bilhões em agosto, R$ 2,352 bilhões em setembro e R$
2,712 bilhões em outubro.
No
mês passado, de acordo com o BC, o total de aplicações foi de R$ 169,774
bilhões e o de saques, de R$ 167,892 bilhões.
O
estoque do investimento na poupança está em R$ 650,260 bilhões, já considerando
os rendimentos de R$ 4,039 bilhões de novembro.
O
desempenho em novembro foi inflado pelo pagamento da primeira parcela do 13º
salário, que é feito pelas empresas até o dia 30.
Foi
justamente o dia 30 de novembro que registrou o maior volume de recursos
entrando na poupança: R$ 6,164 bilhões líquidos.
No
acumulado do ano, porém, a deterioração da caderneta se dá por conta da piora
do cenário econômico, com a alta da inflação e do aumento do desemprego.
Além
disso, outros investimentos se tornaram mais atrativos ao apresentarem
rentabilidade maior.
A
remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa
Referencial (TR) – esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de
juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 13,75% ao ano.
Exame
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