Economia| BNDES vai abrir refinanciamento para pequenas empresas
O
BNDES anunciou nesta terça (13) a abertura de um programa de refinanciamento de
empréstimos do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) e do PER (Programa
Emergencial de Reconstrução), voltado para áreas atendidas por desastres, para
pequenas e médias empresas.
O
banco anunciou ainda a reabertura de uma linha de capital de giro para grandes
empresas, com limite de R$ 70 milhões por ano e prazo de pagamento de até cinco
anos.
O
BNDES estima que até R$ 10 bilhões em financiamentos atrasados podem ser
contemplados pelo programa de refinanciamento, volume equivalente a cerca de
10% do saldo remanescente do programa.
Passamos
por um momento difícil e, mesmo que o PSI tenha taxas mais baixas, muitos não
estão conseguindo pagar", disse o diretor do BNDES Ricardo Ramos.
Criado
em 2009, o PSI ofereceu durante sete anos juros subsidiados pelo Tesouro com a
justificativa de incentivar o investimento em tempos de crise. Foi bancado com
repasses do Tesouro ao BNDES.
O
refinanciamento será feito pela TJLP, hoje em 7,5% ao ano, e não mais por juros
subsidiados - no PSI, variavam entre 2,5% a 5,5%. Os prazos serão
estendidos.Segundo Ramos, a medida reduzirá a necessidade de equalização dos
juros pelo Tesouro, melhora o relacionamento dos bancos repassadores com seus
clientes e alivia as empresas credoras em um momento de crise.
O
programa é parte de um plano de ação lançado nesta segunda pelo BNDES para
micro, pequenas e médias empresas.
O
pacote prevê ainda a ampliação, de R$ 90 milhões para R$ 300 milhões, do limite
de faturamento que permite o enquadramento de uma empresa como micro, pequena e
média.
Com
isso, o BNDES estima ampliar em 20%, ou R$ 5,4 bilhões, os desembolsos para
esse segmento, já que cerca de 150 mil novas empresas poderão aderir.
Além
disso, unifica o limite financiável pelo banco em TJLP para até 80% do
investimento. Até agora, os diferentes programas do banco trabalham com limites
entre 50% e 80%.
O
banco vai dobrar o limite para financiamentos do cartão BNDES para R$ 2 milhões
e oferecer o produto para pessoa física do setor agrícola.
Outra
medida do pacote prevê o uso do FGI (Fundo Garantidos para Investimentos), que
oferece garantia aos empréstimos, também a financiamentos para capital de giro.
A
cobertura do fundo foi ampliada de 50% para 70% do total financiado.
Voltado
para produtores rurais com renda de até R$ 90 milhões por ano, o programa de
modernização da frota agrícola ganhou mais R$ 2 bilhões, além dos R$ 4,8
bilhões já emprestados no ano safra 2016/2017.
Além
disso, o banco estuda novos canais de oferta dos produtos e relacionamento com
as empresas financiadas, como aplicativos de celular e abertura, em nichos de
negócios, das operações do cartão BNDES.
Ramos
disse que as medidas anunciadas vêm sendo estudadas desde junho e, portanto, não
teriam relação com o pacote de bondades em elaboração pelo governo Temer.
"O
objetivo é simplificar o acesso ao crédito das micro, pequenas e médias
empresas", afirmou.
Neste
sentido, diz ele, também será feito um esforço para reduzir o prazo de análise
dos pedidos dos atuais 30 para 2 dias até o final de 2017. Com informações da
Folhapress.
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