Brasil| Só “malucos” apoiam intervenção, diz Comandante do Exército
Neste
domingo (11), o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, diz que há
"chance zero" de setores das Forças Armadas, da ativa, mas também da
reserva, se encantarem com a volta dos militares ao poder.
Admite,
no entanto, que há "tresloucados" ou "malucos" civis que
batem à sua porta cobrando intervenção no caos político, informa o Correio do
Povo.
"Esses
tresloucados, esses malucos vêm procurar a gente aqui e perguntam: 'Até quando
as Forças Armadas vão deixar o país afundando? Cadê a responsabilidade das
Forças Armadas?'" E o que ele responde? "Eu respondo com o artigo 142
da Constituição. Está tudo ali. Ponto".
Segundo
o artigo 142, "as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército
e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares,
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do
Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da
ordem."
O
general relata que se reuniu com Michel Temer e com o ministro da Defesa, Raul
Jungmann, e avisou que a tropa vive dentro da tranquilidade e que a reserva,
sempre mais arisca, mais audaciosa, "até o momento está bem, sob
controle", constatou.
Em
sua primeira manifestação pública sobre a crise política, o comandante do
Exército revela temor, sim, pela "instabilidade". Questionado sobre o
que considera "instabilidade" respondeu: "Quando falo de
instabilidade, estou pensando no efeito na segurança pública, que é o que, pela
Constituição, pode nos envolver diretamente".
O
general garante que ficou surpreso ao ver, pela televisão, que um grupo de
pessoas havia invadido o plenário da Câmara pedindo a volta dos militares.
"Eu olhei bem as gravações, mas não conheço nenhuma daquelas
pessoas". Afirma que telefonou para o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ)
para se informar melhor e ouviu dele: "Eu não tenho nada a ver com
isso".
Bolsonaro
é um capitão da reserva do Exército que migrou para a vida política e elegeu-se
deputado federal, em 1991.
Noticias ao minuto
Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.