Brasil| Governo limita auxílio-reclusão e salário-maternidade
O
presidente Michel Temer enviou segunda-feira (8) um projeto de lei ao Congresso
que restringe o acesso ao auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria
por invalidez. A proposta substitui uma medida provisória editada em julho, em
que o governo alegava irregularidades na concessão dos benefícios e previa
redução de R$ 6,3 bilhões por ano com esses gastos.
A
MP perdeu a validade porque não foi votada a tempo. A previsão de economia
agora, contudo, é bem menor: de R$ 2 bilhões em 2017 e R$ 2,3 bilhões em 2018,
diz reportagem do Valor.
A
proposta é assinada pelos ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, da
Fazenda, Henrique Meirelles, e do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar
Terra.
"Há
duas principais inovações no projeto em relação à proposta inicial do governo.
A principal é limitar o auxílio-reclusão. O valor do benefício será reduzido de
100% para 70% da aposentadoria a que o preso teria direito (o teto passará a
ser de R$ 848,40) e ele será obrigado a contribuir no mínimo 18 meses para a
Previdência - antes bastava um mês.
"Com
essas modificações, busca-se evitar que o acusado, prestes a ser julgado,
realize uma contribuição para a previdência com o intuito de beneficiar sua
família caso seja condenado. A redução também se justifica pelo fato de que o
preso tem seu sustento provido pelo Estado, sendo um membro a menos da família
a onerar as despesas domésticas", diz a justificativa da proposta. Não há
estimativa individualizada do impacto dessa proposta.
A
outra modificação é restringir o salário-maternidade, pago por quatro meses a
seguradas do INSS durante a licença maternidade. Caso aprovado sem
modificações, apenas as mulheres que contribuíram pelo menos 10 meses com a
Previdência terão direito - ou seja, não será suficiente pagar somente no
período de gravidez. Pela lei em vigor, bastava contribuir uma única vez para
receber o benefício.
Além
disso, estão mantidos os pilares da MP: a revisão do auxílio-doença e
aposentadoria por invalidez, que serão reavaliados para garantir que o
beneficiário realmente não está mais apto a trabalhar. A carência também
aumentará de um para doze meses no INSS."
Do Noticias ao minuto
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