Brasil| Com baixa popularidade, Temer é aconselhado a viajar mais pelo país
O
presidente Michel Temer tem sido aconselhado por assessores e auxiliares a
aumentar o número de agendas públicas e viajar mais pelo país neste final de
ano.
A
avaliação é que o peemedebista tem se dedicado nos dois últimos meses quase que
exclusivamente à articulação com o Congresso Nacional, assumindo uma função que
caberia na verdade aos ministros do núcleo político do governo federal.
No
período, o presidente assumiu as rédeas nas negociações da proposta do teto de
gastos públicos, aprovada na Câmara dos Deputados, e na formulação da reforma
previdenciária, que será enviada em dezembro ao Congresso Nacional.
Nas
palavras de um assessor direto, chegou a hora do presidente se
"desencastelar" do Palácio do Planalto e iniciar um diálogo mais
amplo e direto com a sociedade, e não apenas com a Câmara e com o Senado.
Segundo
a reportagem apurou, contudo, o peemedebista ainda oferece resistência ao
conselho e tem ressaltado a necessidade de permanecer em Brasília para garantir
a aprovação do teto de gastos no Senado.
Desde
que assumiu definitivamente o comando do Palácio do Planalto, no final de
setembro, Temer viajou dentro do país apenas para São Paulo e para o Rio de
Janeiro, onde participou de encontros com empresários e executivos.
Para
minimizar as ausências no restante do país, ele tem dado entrevistas para
rádios regionais, mas a avaliação do entorno do peemedebista é que é necessário
ele ter uma presença mais assertiva caso queira reverter os atuais índices de
popularidade.
Segundo
a última pesquisa Pulso Brasil, feita pelo Instituto Ipsos e divulgada no final
de outubro, apenas 9% da população brasileira avalia a gestão do presidente
como boa ou ótima.
No
período da interinidade, havia o receio do peemedebista de comparecer a eventos
ou inaugurações no Norte e Nordeste, regiões que nas últimas eleições
presidenciais se configuraram como redutos eleitorais petistas.
Com
o resultado da disputa municipal deste ano, quando o partido elegeu apenas um
prefeito de capital, a avaliação do Palácio do Planalto é que o partido perdeu
força nas duas regiões, diminuindo o risco do presidente enfrentar vaias em uma
eventual visita.
Para
este mês, a equipe do presidente chegou a programar a viagem dele para o Mato
Grosso, na qual participaria de cerimônia para a entrega de títulos de reforma
agrária. Temer, contudo, tem dado sinais de que não pretende comparecer ao
evento.
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