Mato Grosso| MP denuncia ex-governador e mais 16 por desvio de R$ 15 milhões
O
Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu mais uma denúncia contra o
ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e outras 16 pessoas por crimes de corrupção
e lavagem de dinheiro investigadas na terceira fase da operação Sodoma, que
apura o desvio de R$ 15,8 milhões dos cofres públicos. Entre os denunciados
estão ex-secretários e ex-servidores estaduais, um ex-procurador do estado, um
advogado, um arquiteto e empresários. O G1 não conseguiu contato com a defesa
do ex-governador.
A
denúncia foi oferecida pelo MP no dia 17 de outubro e, se for aceita pela juíza
Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, os denunciados irão responder
pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica,
coação no curso do processo, organização criminosa, lavagem de dinheiro e
receptação qualificada.
De
acordo com a denúncia, as investigações desta vez demonstraram o desvio de
dinheiro público realizado através da desapropriação de um imóvel que
corresponde ao Bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, paga na gestão do
ex-governador Silval Barbosa, durante o ano de 2014.
A
investigação aponta que o pagamento a uma imobiliária pela desapropriação do
imóvel – localizado nas imediações do Bairro Osmar Cabral, na capital – no
valor total de R$ 31.715 milhões, teria tido o propósito de desviar dinheiro
público em benefício da suposta organização criminosa liderada por Silval
Barbosa.
De
todo o valor pago pelo governo na desapropriação, o correspondente a 50%, ou
seja, R$ 15.857 milhões, teriam retornado em prol da organização criminosa
através de uma empresa de assessoria e organização de eventos.
O
restante do valor teria sido dividido entre os demais participantes, no caso,
os ex-secretários, Pedro Nadaf e Marcel De Cursi, Arnaldo Alves de Souza Neto,
Afonso Dalberto e o Francisco Lima. O G1 não localizou a defesa dos
denunciados.
De
acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado, um total de R$
10 milhões, teria ficado com o ex-governador Silval Barbosa, apontado com chefe
do esquema, para pagamento de uma dívida
que havia sido contraída por ele.
Operação Sodoma
Na
primeira fase da operação Sodoma, conforme o MPE, cinco pessoas foram
denunciadas. As fraudes referiam-se à concessão e usufruir de benefício fiscal
do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic),
no período de 2011 a 2015, no governo do estado.
Já
na segunda fase, uma outra denúncia foi oferecida contra 17 pessoas. As
investigações apontaram a existência de uma exigência e/ou recebimento de
vantagem indevida de fornecedores do Estado. Entre os crimes praticados estavam
concussão, extorsão, lavagem de dinheiro, fraude processual, constituição de
organização criminosa, fraude à licitação e corrupção passiva e ativa.
Do G1
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