Mato Grosso| Justiça tem quase um milhão de processos acumulados
A
Justiça de Mato Grosso tem quase um milhão de processos judiciais acumulados. A
Corregedoria de Justiça de Mato Grosso afirma que a meta é zerar esse número e
cumprir as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça. Em abril
deste ano, eram 992 mil ações acumuladas. No dia 11 de outubro, essa marca
baixou para 964 mil.
"Queremos
acabar com os processos que foram distribuídos até 31 de dezembro de 2012 na
Justiça comum e até 31 de dezembro de 2013 nos juizados", disse a
corregedora do TJMT, desembargadora Maria Erotides Kneip.
Nesta
quinta-feira (13), a Corregedoria lançou um novo portal, com informações como a
quantidade de processos acumulados e produtividade dos juízes. “A Justiça
precisa ser isso, transparente. A Justiça precisa ser cobrada. Nós ganhamos
para mostrar o que fazemos e precisamos mostrar muito bem o que fazemos”, disse
a corregedora.
A
morte de Claudeci Pacheco, que foi atropelado por um carro em alta velocidade
quando saía da universidade com sua moto, está entre esses processos
acumulados. O caso aconteceu em 2010, mas a família ainda não se conforma com a
falta de punição para o motorista do veículo, que fugiu sem prestar nenhum
socorro.
A
mãe, Nair Pacheco, diz que os dias e as noites são à base de medicamentos para
suportar a perda de Claudeci, que era o filho mais velho. “Não consigo aceitar
a tamanha irresponsabilidade de um jovem de 21 anos sair em alta velocidade e
atropelar, ceifar a vida do meu filho”, disse.
A
irmã de Claudeci não se conforma com o que considera ser impunidade. O suspeito
do crime sequer perdeu a carteira de habilitação provisória e continua em
liberdade. “Por que não andou o processo? A Justiça é tão lenta assim? Porque
até então você tem a sensação que a Justiça não é lenta, ela está parada",
disse Gisele Pacheco.
A
morte por atropelamento de Claudeci só virou processo em 2012 e, de lá para cá,
dizem os familiares, nada avançou. A corregedora Maria Erotides comentou o
assunto.
"Não
é justo que uma pessoa tenha morrido em um crime em 2010 e até hoje o culpado
sequer tenha sido ouvido. Nós vamos fazer um monitoramento, colocar uma
auditoria para verificar o que está acontecendo e eu quero dizer à família da
vítima que a corregedoria vai estar atenta à tramitação desse processo”, disse.
Do G1
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