Foco e Fé| Governo Temer se junta a muçulmanos contra Israel
Durante
os 13 anos de governo petista, tanto Lula quanto Dilma mostraram seu viés
antissemita, aprovando medidas contra Israel. Isso inclui uma doação de 10
milhões de dólares para o Hamas, considerado uma organização terrorista por
muitos países.
O
não reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e a recusa em receber o
embaixador indicado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deixaram a
relação dos dois países em um impasse que não foi resolvido após Michel Temer
assumir a presidência.
O
Ministério das Relações Exteriores comandado por José Serra havia feito uma
sinalização nesse sentido em junho, quando o Itamaraty, decidiu mudar o voto
brasileiro na 199ª Sessão da Unesco, realizada em abril, quando Dilma ainda era
presidente.
Na
ocasião, foi debatido os direitos pelo patrimônio cultural nos territórios
conquistados por Israel na Guerra dos Seis Dias. O texto, que era abertamente
pró-palestinos, foi aprovado por 33 votos a favor (incluindo o do Brasil). A
postura do Itamaraty ficou clara na nota oficial: “O fato de que a decisão não
faça referência expressa aos vínculos históricos do povo judeu com Jerusalém,
particularmente o Muro Ocidental, santuário mais sagrado do judaísmo, é um
erro, que torna o texto parcial e desequilibrado”.
Contudo,
na semana passada, a opção foi ficar ao lado dos países muçulmanos que usaram a
UNESCO para passar uma resolução negando a ligação histórica do Monte do Templo
com Israel. A moção foi apresentada por países árabes que apoiam a causa
palestina, incluindo Egito, Marrocos, Argélia, Líbano, Omã, Catar e Sudão.
A
resolução associa somente nomes muçulmanos aos locais sagrados da Cidade
Antiga. Vinte e quatro países-membros assinaram o documento, incluindo o
Brasil. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a decisão do Brasil foi votar
favoravelmente à resolução, mesmo considerando o texto “inadequado”.
“O
reconhecimento dos laços históricos entre cristãos, judeus e muçulmanos com a
Cidade Velha de Jerusalém e Belém e Hebron é um primeiro passo para uma
abordagem aberta e construtiva a este tema”, diz o voto do governo brasileiro,
ao qual o Estadão teve acesso. O presidente Michel Temer foi consultado sobre o
assunto pelo ministro José Serra.
Temer
defende “Solução dos Dois Estados”
Dois
dias depois da UNESCO ter divulgado que não reconhecia a ligação de Israel com
o Monte do Templo, Temer estava em visita oficial à Índia, por ocasião da VIII
Cúpula do BRICS. O presidente assinou o documento “Declaração e Plano de Ação
de Goa”, que aponta alguns projetos em comum dos países que formam o bloco:
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Estranhamente,
mesmo não fazendo parte do bloco, Israel é mencionado nas “Soluções Coletivas”.
O
artigo 15 diz literalmente: “Reiteramos a necessidade de implementar a solução
de dois Estados para o conflito palestino-israelense, com base nas resoluções
pertinentes do Conselho de Segurança da ONU, os Princípios de Madrid e
Iniciativa Árabe de Paz, além de acordos anteriores entre os dois lados, por
meio de negociações que visam à criação de um Estado palestino como entidade
independente e viável, territorialmente contíguo e vivendo em paz com Israel,
dentro de limites territoriais seguros, de comum acordo e reconhecidos internacionalmente com base nas fronteiras de
1967, sendo Jerusalém Oriental sua capital, conforme previsto em resoluções
relevantes da ONU”.
Tanto
a Rússia quanto a China possuem uma
postura antiga que favorece a Palestina. Membros do Conselho de Segurança da
ONU, ambos agora se voltam contra Israel no âmbito da diplomacia, em grande
parte por causa de seus interesses no Oriente Médio.
Maldição?
Silas
Anastácio, do ministério Davar, especializado no estudo da as profecias
bíblicas, acredita que o Brasil trilha um caminho perigoso, pois Temer foi
apoiado por muitos pastores e pela maioria da bancada evangélica. “Mesmo assim,
nossos país apoiou o texto árabe a favor do islamismo. A ONU está cada vez mais
influenciada pelo Islã. Se cala sobre o genocídio de cristãos no Oriente Médio
mas vai contra Israel e uma tradição de milhares de anos? O governo Temer repete os mesmos erros do
governo Dilma”, afirma o estudioso.
“A
literalidade das Escrituras deixa claro que qualquer nação da terra que se
colocar contra Israel, o povo judeu e Jerusalém trará sobre si maldições terríveis,
resultando ao colapso econômico, social e político”, dispara.
No
ano passado, o Conselho Apostólico Brasileiro, que reúne líderes de várias
denominações, fez uma campanha nacional de oração por conta da postura
“anti-Israel” do país.
Foram
até o Itamaraty, apresentar a Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores do
governo Dilma, um abaixo assinado de milhares de cristãos que manifestavam
“repúdio à posição belicosa do nosso governo”. Pediram perdão ao representante
do governo Israelense pela postura do governo brasileiro, “notadamente aliado
ao pensamento terrorista do Hamas, Hezbolah, ao Irã e outros que concordarem
com o extermínio dos judeus”.
Os
membros do Conselho apostólico alertaram que o não reconhecimento de Jerusalém
como capital de Israel e o apoio, inclusive financeiro, do PT aos palestinos
traria uma maldição sobre a pátria.
“Nossos
governantes estão chamando o Juízo de Deus contra si mesmos e contra a nação
toda! Malditos serão aqueles que amaldiçoarem a Israel. Nossa posição como
Apóstolos e como uma voz profética a esta nação é dizer: Isso está errado!”,
assegurou ao Gospel Prime o apóstolo Paulo de Tarso Cavalcante Fernandes,
membro do Conselho.
Do Gospel Prime
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