Economia| Safra de café cai e preço do produto deve subir no supermercado
Efeitos
climáticos provocaram a queda na produção do café tipo conilon no Brasil, o que
deve desestruturar o mercado. Enquanto o país consume 12,2 milhões de sacas por
ano, foram produzidas apenas 8,4 milhões. Neste caso, a demanda deverá ser
coberta pelo café do tipo arábica.
"É
um cenário que nunca vi antes", diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo
da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).
Segundo
ele, "há um desabastecimento que afeta tanto o setor interno como o
externo".
Ao
colunista Mauro Zafalon, da Folha de S. Paulo, Herszkowicz disse que a
indústria é afetada não só pela falta de produto, e consequente elevação de
preços, mas também por ter de fazer um rearranjo industrial.
Com
menos conilon, que em geral responde por 40% da mistura do café que vai ao
supermercado, a indústria tem de mudar a composição de seu "blend".
Ainda
de acordo com o colunista, essa mudança de "blend" traz consequências
tanto para o consumidor, acostumado ao sabor do produto, como para a empresa.
Após industrializados, esses cafés têm volumes diferentes, o que traz problemas
até na hora de embalar, segundo Herszkowicz.
O
que mais preocupa a indústria é que esse cenário de dificuldade não é
passageiro. A safra que está em curso não promete muito, uma vez que vai viver
a chamada bienalidade, período de menor produção devido ao estresse da planta
no ano anterior. E a importação de café não é permitida.
Tradicionalmente
com preços menores, a saca de café conilon está em R$ 481, acima dos R$ 450 do
arábica.
Neste
momento, a alta de preços do conilon eleva também o do arábica, e os produtores
que ainda têm café aguardam preços melhores, aumentando a ausência do produto
no mercado, segundo Herszkowicz.
Esses
custos vão ser repassados para o consumidor. O repasse vai depender do
comportamento dos preços da matéria-prima.
Do NoticiasAoMinuto
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