Economia| Brasil poderá emprestar até US$ 10 bilhões ao FMI
O
Brasil poderá pela primeira vez fazer empréstimo ao Fundo Monetário
Internacional (FMI) por meio de acordo bilateral. Na última semana, na reunião
do FMI em Washington, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn,
assinou o acordo bilateral e poderá emprestar até US$ 10 bilhões, se for
necessário.
O
total desta nova rodada de acordos bilaterais, que conta com a adesão de 26
países, é de USD 360 bilhões, informou o BC. O Brasil ainda não tinha
participado desse tipo de acordo.
Entretanto,
não é a primeira vez que o Brasil contribui com recursos de empréstimo para o
FMI. O Brasil é credor do FMI desde 2009. Atualmente, o Brasil participa de um
acordo semelhante aos acordos bilaterais, chamado de New Arrangements to Borrow
(NAB), uma espécie de arranjo multilateral de empréstimo. Esse arranjo é
composto atualmente por 40 membros e está vigente desde 2011.
O
acordo bilaterial tem prazo final em dezembro de 2019, podendo ser prorrogado
até 2020, se houver consentimento dos países. O último recurso que o FMI usa
vem dos acordos bilaterais, caso haja necessidade. Segundo o BC, até hoje o FMI
não utilizou nenhum recurso de acordos bilaterais. O recurso principal do FMI
são as quotas. Depois delas, o FMI usa os recursos do NAB.
O
BC explicou que, caso o FMI precise dos recursos previstos no acordo, o
dinheiro não sairá das reservas internacionais. "As operações financeiras
com o FMI não implicam diminuição das reservas internacionais.
As
operações com o FMI representam simplesmente uma mudança na composição de
nossas reservas, uma vez que a operacionalização do acordo bilateral com o
fundo se dá por meio da compra de ativos do organismo internacional. Tais
ativos são remunerados à taxa DES (taxa calculada com base em instrumentos
financeiros dos cinco países-membros participantes da cesta DES – EUA, Japão,
Reino Unido, Área do Euro e, agora, China). Ou seja, mesmo no caso em que os
acordos bilaterais recém assinados sejam porventura utilizados pelo FMI, não há
qualquer redução no montante de reservas internacionais", informou.
Do NoticiasAoMinuto
Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.