Educação| MEC suspende novo sistema de avaliação e causa repúdio
O
pente-fino que o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou que faria nas
portarias e resoluções da gestão anterior - a do PT - chegou ao programa que
avalia a educação básica em todas as escolas do País, públicas ou privadas. A
portaria que ampliava o sistema e instituía a participação da sociedade civil
nas avaliações foi suspensa, motivando nota de repúdio da Campanha Nacional
pelo Direito à Educação, que reúne organizações e associações ligadas ao tema.
A
justificativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep), responsável por aplicar exames de avaliação como o Enem e a
Prova Brasil, toma por base a lógica de que "não se mexe em time que está
ganhando". "Para que criar outro sistema se já temos um extremamente
consolidado?", questiona a professora Maria Inês Fini, presidente do
instituto.
A
portaria previa que o Sistema de Avaliação de Educação Básica (Saeb) fosse
rebatizado de Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Sinaeb), mas as
mudanças não estavam restritas ao nome. Segundo o texto, na hora de radiografar
a escola o Sinaeb levaria em conta não só o desempenho dos alunos em Português
e Matemática.
Também
seriam analisados a formação do professor na área em que leciona (no ensino
médio, 74% dos docentes vivem esse descompasso), os indicadores socioeconômicos
do entorno do colégio e a evolução dos estudantes durante a vida escolar.
"Transformaríamos a fotografia em um filme", compara o ex-ministro de
Dilma, Aloizio Mercadante, lamentando a extinção da portaria. A criação do
Sinaeb está prevista na lei que institui o Plano Nacional de Educação (PNE).
Maria
Inês Fini nega que a revogação tenha a ver com contingenciamento na pasta.
"Não há por que ampliar, não tem nenhum requisito de avaliação que esteja
faltando no atual sistema", prossegue a presidente. Sobre a participação
da sociedade civil em reuniões ordinárias para aconselhar, acompanhar e
supervisionar o Sinaeb - algo que a portaria anulada também menciona - ela
também considera que não há necessidade. "Nosso sistema já é reconhecido
internacionalmente e o Inep dá conta de fazer a gestão."
Extinção.
Na carta da Campanha Nacional, as organizações dizem que a revogação "reforça"
a tese de que o novo governo quer "extinguir as ações e programas, em vez
de analisá-los e fortalecê-los".
Do Noticiasaominuto
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