Saúde| Instituto americano começa testar vacina contra zika em humanos
O
Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID, na sigla em
inglês), anunciou o início dos testes em humanos de uma vacina experimental
contra o vírus da zika. A primeira fase do estudo avaliará a segurança e a
capacidade da candidata a vacina para prevenir a infecção pelo vírus.
Segundo
o NIAID, pelo menos 80 voluntários saudáveis com idades entre 18 e 35 anos
participarão do estudo em três locais nos Estados Unidos. A vacina de DNA foi
desenvolvida pelos cientistas do Centro de Pesquisa em Vacinas (VCR, na sigla
em inglês) do NIAID.
"Uma
vacina segura e eficaz para prevenir a infecção pelo vírus da zika e os
devastadores defeitos congênitos por ele causados é um imperativo para a saúde
pública", disse o diretor do NIAID, Anthony Fauci.
Além
da vacina de DNA do NIAID, uma outra candidata a vacina contra a zika,
produzida pelo laboratório americano Inovio, já havia sido aprovada para testes
clínicos em humanos. A empresa, que desenvolve a nova vacina em parceria com a
GeneOne Life Sciences, da Coreia do Sul, anunciou a aprovação no dia 20 de
junho.
O
laboratório francês Sanofi também tem planos para iniciar em 2017 testes em
humanos com uma outra vacina contra a zika. Segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS), há mais de 20 projetos de vacina contra o vírus da zika em países
como os Estados Unidos, Brasil, Índia, França e Áustria.
Segundo
Fauci, o NIAID trabalhou rapidamente para preparar a candidata a vacina e os
resultados dos testes pré-clínicos em animais foram animadores.
"Estamos
contentes por podermos agora seguir com esses estudos iniciais em pessoas.
Embora vá levar algum tempo até que uma vacina contra a zika esteja
comercialmente disponível, o início desse estudo é um importante passo
adiante", declarou Fauci.
Base
genética. A abordagem utilizada pelo NIAID para o desenvolvimento da vacina
experimental é semelhante à que foi usada na vacina desenvolvida pelo instituto
contra o vírus do Oeste do Nilo, que foi considerada segura e induziu respostas
imunes nos pacientes que participaram da fase 1 de testes clínicos.
A
vacina inclui um pequeno fragmento circular de DNA - chamado de plasmídeo - que
os cientistas construíram para envolver os genes que codificam proteínas do
vírus da zika. Quando a vacina é injetada nos músculos do paciente, suas
células identificam os genes e produzem proteínas específicas do vírus da zika,
que se organizam no plasmídeo em uma arranjo semelhante ao de partículas do
vírus. Com informações do Estadão Conteúdo.
Do Noticiasaominuto
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