Política| Condição de Dilma para estar em julgamento é não haver perguntas
A
presidente afastada Dilma Rousseff cogita estar presente no julgamento final do
seu processo de impeachment no Senado. No entanto, segundo o jornal O Globo,
aliados da petista estão tentando firmar um acordo que permita a presença de
Dilma, mas que ela não seja interpelada pelos parlamentares.
A
defesa de Dilma aconselha que ela se faça presente, mas a presidente afastada
quer a garantia de que não será atacada ou desrespeitada.
Enquanto
isso, membros da base do presidente interino, Michel Temer, avaliam que será
difícil dar essa garantia a Dilma e não querem se comprometer a não fazer
perguntas.
José
Eduardo Cardozo, advogado da presidente afastada, afirmou que só vale a pena
para Dilma comparecer se ela “falar e ir embora”. Já os aliados de Dilma
acreditam que ela poderia aproveitar sua presença no julgamento para fazer um
discurso de despedida do cargo.
Cardozo
se reuniu com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo
Lewandowski, para definir alguns aspectos do julgamento, como o número de
testemunhas de acusação e defesa. O julgamento será conduzido por Lewandowski.
A
reportagem destaca que DEM e PSDB não garantem que abrirão mão de fazer
perguntas. Eles avaliam que seria melhor Dilma se preservar e sequer
comparecer.
O
líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que a figura da
presidente afastada será respeitada. "Seremos respeitosos, mas não
abriremos mão das perguntas. Seremos firmes, mas respeitosos", afirmou
Cunha Lima.
A
publicação recorda que, em 1992, o então presidente Fernando Collor não
compareceu ao julgamento. Fontes disseram ao Globo que Dilma está avaliando a
situação, mas já disse que está esgotada.
Do Notíciasaominuto
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