Mato Grosso| Correios fazem greve para cobrar segurança e troca de horário em MT
Trabalhadores
dos Correios em Mato Grosso começaram uma greve a partir desta terça-feira (16)
em todas as agências do estado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios
de Mato Grosso (Sintect-MT), os trabalhadores se baseiam em três
reivindicações: a mudança no horário de entrega de cartas; maior segurança nas
agências e falta de atendimento médico do plano de saúde da categoria.
Atualmente
são mais de 1,6 mil servidores em 157 agências em Mato Grosso. A
direção-regional dos Correios disse à TV Centro América que está dialogando com
os trabalhadores desde o início do mês sobre toda as reivindicações. Sobre a
questão da mudança nos horários de entrega, disse que não tem como alterar,
pois isso depende de uma decisão nacional. Em relação a segurança, declarou que
investe, por ano, R$ 4 milhões com vigilância e monitoramento.
A
última greve dos trabalhadores ocorreu há 11 meses e durou 12 dias. Naquela
ocasião 700 mil correspondências ficaram acumuladas. No mês passado
funcionários do centro de distribuição dos Correios no Bairro Coxipó, em
Cuiabá, paralisaram as atividades por um dia para pedir mais segurança nos
postos de trabalho.
Segundo
o diretor jurídico do Sintect-MT, Alexandre Aragão, o calor intenso, a alta
temperatura e a baixa umidade do ar em Mato Grosso comprometem a saúde dos
entregadores e, por isso, pedem a inversão do horário de entrega das cartas
para o período da manhã. Hoje os carteiros entregam as correspondências no
período da tarde.
Outro
problema, de acordo com o sindicato, é a falta de segurança nas unidades.
Algumas agências chegaram a fechar depois de constantes assaltos. “Até ontem
[segunda-feira (15)] tivemos 54 assaltos. Hoje ocorreu outro assalto em
Primavera do Leste. Em relação ao ano passado a quantidade [de assaltos]
diminuiu, mas foi devido ao fechamento de agências. No entanto, dobrou o número
de assaltos nas mesmas agências, nas mesmas cidades”, detalhou Aragão ao G1.
Os
trabalhadores pedem a contratação de vigilantes armados e a instalação de
portas giratórias nas agências. O sindicato afirma que deve manter 30% do
efetivo trabalhando durante a greve.
Em
Cuiabá e Várzea Grande, o principal serviço que deve ser prejudicado é o de
entrega de correspondências e encomendas em 120 bairros. O Sintect-MT fará um
levantamento da adesão ao movimento da greve dos trabalhadores no interior do
estado.
Do G1
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