Quando
as pessoas precisam cortar os custos, uma das coisas que elas menos abrem mão
são com os cuidados com a beleza. Com muita procura e pouca oferta, a profissão
de manicure tem se popularizado entre os homens.
Passando
por cima do seu próprio preconceito, o ex-professor de espanhol Roldan
Alexandre conta como mudou de ramo e se tornou um profissional respeitado.
Além
de professor, Roldan já foi office boy, artesão, auxiliar de escritório e
marceneiro. Ele conta que uma aluna tinha um salão e percebeu que ela estava
muito triste com o baixo movimento do local, ele não entendia o porquê, já que
o salão dela era o mais bonito da região. A aluna contou que estava com poucos
clientes, pois não tinha uma manicure.
“Nossa
amizade foi crescendo e eu ficava triste em vê-la desanimada. Ela pediu para eu
fazer um curso de manicure e disse que não porque era coisa de mulher. Cheguei
a chorar pensando e como poderia ajudar”, revelou Roldan. Depois de pensar
muito, ele conta que chegou a conclusão que a única alternativa seria fazer o
curso.
Aprendendo
Nas
aulas, o atual manicure diz que se apaixonou pelo tema. “Comecei a estudar as
doenças relacionadas com as unhas e isso chamou muito a minha atenção e eu me
interessei cada ver mais pelo assunto”, conta Roldan. O intuito de fazer o
curso era só organizar o salão da aluna, mas logo começou a trabalhar com isso
e fazer muito sucesso com as clientes.
Conforme
foi aprendo, o ex-marcineiro viu como era defasado a quantidade profissionais
nessa área, então teve a ideia de unir duas paixões: ser manicure e viajar.
“Comprava a passagem e ia sem rumo porque sabia que ia conseguir empregos
freelancer. Parece loucura, mas dava certo. A quantidade de vagas disponíveis
nesse setor é impressionante”, acrescenta Roldan.
Quando
parou de viajar, voltou a estudar. Mesmo trabalhando e com experiência ele
assume que ainda tinha preconceito com a nova profissão, “Eu saía com uma
maleta fingindo que era enfermeiro ou veterinário, mas chegou uma hora que não
deu mais pra esconder. Hoje, é natural que brinquem comigo, mas no fundo sei
que sentam admiração pela minha coragem”, conta o profissional.
Antes
mesmo de se formar, o desempenho de Roldan no curso foi tão bom que ele foi
convidado pelo instituto que estudava para ser professor de manicure e
pedicure. Ele aceitou o desafio e hoje trabalha ensinando. “Tenho um aluno que
se inspirou na minha história e, por isso, começou a fazer um curso na área da
beleza”, diz o professor.
Roldan
nasceu na Argentina e revela que sonha em um dia ensinar em seu país. Para ele
ser manicure ou “manicuro” – forma que algumas pessoas se referem aos homem com
essa profissão – é um orgulho. “Eu conselho que os homens deixem o machismo de
lado e pensem na família. Se tiver foco desempregados não vão ficar”, completou
Roldan.
Do IG
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