Brasil| Dilma irá ao Senado para julgamento final do impeachment, diz assessoria
A
presidente afastada Dilma Rousseff decidiu que irá comparecer ao julgamento
final do processo de impeachment no Senado, informou nesta quarta-feira (17) a
assessoria da petista. No entanto, assessores ressaltaram que Dilma ainda não
definiu a data na qual irá ao Congresso Nacional. O julgamento está marcado
para começar na próxima quinta-feira (25).
A
assessoria de Dilma destacou ao G1 que, no Senado, ela responderá a eventuais
questionamentos que forem formulados a ela pelo presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, pelos senadores, pela acusação ou
pela defesa. Lewandowski comandará o julgamento no plenário do Senado.
Na
manhã desta quarta, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse em
entrevista coletiva prever que o julgamento final de Dilma se estenderá por
quatro dias.
Ele
sinalizou ainda que, assim como defende Lewandowski, o julgamento deverá ser
interrompido na próxima sexta (26) e será retomado somente na segunda-feira
seguinte, sem sessões no final de semana.
Renan
se reuniu na manhã desta quarta com o presidente do STF e com os líderes
partidários do Senado para discutir e definir o cronograma do julgamento e
procedimentos que terão de ser seguidos pelos senadores, pela acusação e pela
defesa.
Segundo
o colunista do G1 Matheus Leitão, o roteiro sugerido por Lewandowski prevê que
Dilma terá 30 minutos para se manifestar livremente no plenário do Senado antes
de começar a ser interrogada. O prazo de defesa da presidente afastada poderá
ser prorrogado a critério de Lewandowski.
O
roteiro do presidente do STF prevê que ele próprio, os senadores, a acusação e
a defesa terão até 5 minutos cada para questionar a petista. Ela, no entanto,
tem o direito de ficar calada diante das perguntas.
Carta à nação
Dilma
Rousseff divulgou nesta terça-feira (16) uma carta intitulada Mensagem ao
Senado e ao Povo Brasileiro na qual ela diz ter acolhido com
"humildade" críticas duras que ouviu nos últimos meses a erros
cometidos e a políticas que não foram adotadas pelo seu governo.
Na
mensagem, ela também propõe a realização de um plebiscito para consultar o
eleitorado sobre uma eventual antecipação das eleições presidenciais de 2018.
Do G1
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