Brasil| Após nova polêmica, ministro da Saúde deve sair em setembro
O
ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), se envolveu em nova polêmica e pode
sair do comando da pasta em setembro. O presidente interino Michel Temer (PMDB)
realizará uma reforma ministerial caso o impeachment da presidente afastada
Dilma Rousseff (PT) seja confirmado no julgamento final.
Mais
cedo, Barros anunciou a criação de um plano para aumentar as estatísticas de
atendimento a homens na rede pública de saúde do Brasil. De acordo com o
ministro, os homens vão menos aos serviços de saúde porque trabalham mais.
A
EXAME.com, assessores palacianos afirmaram que a declaração não repercutiu bem
no Planalto e admitiram que ele pode ser demitido no próximo mês. Barros está
no Ministério da Saúde pela cota do PP na Esplanada.
Por
não ser a primeira declaração polêmica do ministro, auxiliares do presidente
estariam pedindo a demissão de Barros.
Histórico de polêmicas
À
frente do Ministério desde maio, Barros foi responsável por uma série de
declarações polêmicas, o que estaria atormentando o Planalto há algum tempo.
Essa última teria sido a gota d'água.
Em
julho, o ministro propôs a criação de planos de saúde mais baratos, mas com
menos serviços de atendimento obrigatórios. A ideia teria como objetivo
aumentar o número de usuários de convênios, o que desafogaria a demanda do
sistema único de saúde (SUS). Isso daria maior folga de recursos para financiar
o atendimento público.
No
mesmo mês, ele defendeu os planos de saúde, disse que as empresas não podem ser
vistas como inimigas e que as multas aplicadas às operadoras são abusivas.
Em
maio, Barros afirmou que gostaria de envolver as igrejas na discussão sobre
aborto no Brasil. Ao admitir que o país enfrenta um problema relacionado ao
tema, com grande número de procedimentos realizados de forma inadequada e
muitas mortes, o ministro disse que precisava conversar com a Igreja.
DO MSN
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