Política| Deputado Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara
O
deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou nesta quinta-feira (7) à
presidência da Câmara. Ele estava afastado do cargo desde 5 de maio por decisão
do Supremo Tribunal Federal (STF), que também suspendeu o seu mandato
parlamentar por tempo indeterminado.
Sob
gritos de "fora Cunha" ao chegar ao Salão Verde da Câmara, ele fez o
anúncio da decisão em um pronunciamento, no qual ficou com a voz embargada ao
se referir à família, que, segundo disse, foi alvo de perseguição.
Antes
do pronunciamento, Cunha foi à Secretaria Geral da Mesa para entregar a carta
de renúncia (leia ao final desta reportagem). Para fazer o pronunciamento, fez
uma comunicação prévia ao STF que iria à Câmara, já que o ministro Teori
Zavascki impôs a ele essa condição.
Ao
se pronunciar, Eduardo Cunha fez a leitura da carta entregue à Câmara, dirigida
ao presidente interino da Casa, o vice-presidente Waldir Maranhão (PP-MA).
"Estou
pagando um alto preço por ter dado início ao impeachment. Não tenho dúvida que
a principal causa do meu afastamento reside na condução desse processo de
impeachment. Tanto é que o pedido de afastamento foi protocolado pelo
procurador-geral da República logo após minha decisão de abertura do processo.
Só foi apreciado em 5 de maio, numa decisão sem qualquer previsão
constitucional", justificou, em referência ao processo de impeachment da
presidente afastada Dilma Rousseff, que se iniciou na Câmara sob a gestão dele.
Cunha
afirmou que decidiu atender aos apelos dos apoiadores e renunciar porque a
Câmara, segundo disse, está sem direção.
"É
público e notório que a Casa esta acéfala, fruto de uma interinidade bizarra.
Somente a minha renúncia poderá por fim à essa instabilidade sem prazo. A
Câmara não suportará esperar indefinidamente", declarou.
Do G1
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