Mato Grosso| Suspeitos de participarem de fraudes na Educação devem ser ouvidos
O Grupo de Atuação Especial
Contra o Crime Organizado (Gaeco) começa a ouvir, a partir das 14h desta
sexta-feira (22), empresários suspeitos de participação no esquema de fraudes
em licitações de obras e reformas de escolas estaduais em 2015. Eles são investigados
na segunda fase da Operação Rêmora, denominada 'Locus Delicti', que foi
deflagrada pelo Gaeco na última quarta-feira (20).
A primeira fase da operação
foi deflagrada em maio deste ano. Na ocasião, as investigações apontavam
irregularidades em licitações de pelo menos 23 obras de reforma e construção de
escolas públicas, que totalizavam mais de R$ 56 milhões. De acordo com o Gaeco,
organizados em cartel, os investigados distribuíam entre si as licitações.
As oitivas da segunda fase
da operação seguem ao longo da semana que vem, na sede do Gaeco, sendo
encerradas na próxima quarta-feira (27), quando será ouvido o ex-secretário de Estado de Educação
(Seduc), Permínio Pinto Filho, preso na quarta-feira (20). O ex-secretário é apontado pelo Gaeco como
líder do esquema. O G1 não
localizou o advogado do ex-secretário.
Na primeira fase da
operação, Permínio teve o nome citado em gravações de conversas dos suspeitos
de integrarem a quadrilha, mas, até então, não havia indícios da participação
dele nos supostos crimes.
Operação
Rêmora
Durante a primeira fase da operação, quatro pessoas tiveram os mandados de prisão decretados pela Justiça: os ex-servidores da Seduc, Fábio Frigeri, Moisés da Silva e Wander Luiz dos Reis; e o empresário Giovani Guizardi, dono da construtora Dínamo, apontado como a pessoa responsável por arrecadar a propina paga pelos empreiteiros.
Uma dia após a operação ser
deflagrada, Permínio Pinto foi afastado do cargo e,
atualmente, quem se encontra à frente da Seduc é o secretário Marco Marrafon.
Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pelo MPE
suspeitas de participarem do esquema de fraudes em licitações, entre
empresários do ramo da construção e servidores públicos. Eles respondem pelos
crimes de constituição de organização criminosa, formação de cartel, corrupção
passiva e fraude em licitação.
Do G1
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