Mato Grosso| Governo sanciona e publica lei de pagamento da RGA aos servidores
O
governador Pedro Taques (PSDB) sancionou a lei - cujo projeto de autoria é do
próprio Poder Executivo e foi aprovado na Assembleia Legislativa de Mato
Grosso- que dispõe sobre o pagamento da reposição da inflação de 2015 aos
servidores ativos, inativos e pensionistas do estado. A proposta, apesar de
agora estar em vigor, não foi aprovada pelo funcionalismo público, afirma o
Fórum Sindical.
A
lei foi publicada depois de mais de um mês de embate entre o governo e os
servidores públicos. Os protestos iniciaram depois que o estado anunciou, no
dia 6 de maio, que não tinha dinheiro para pagar as perdas salariais provocadas
pela inflação do ano passado, de 11,28%.
O
anúncio foi seguido de manifestações e paralisações e, no dia 31 de maio, cerca
de 30 categorias entraram em greve. Outras pararam as atividades a partir do
dia 6 de junho. A reivindicação era que o estado pagasse de forma integral a
Revisão Geral Anual (RGA).
O
estado, então, apresentou propostas para pagamento, sempre de forma parcelada e
prevendo menos de 11,28% de reposição. Quatro delas foram recusadas.
Depois,
um projeto de lei do governo foi para a ALMT, prevendo pagamento parcelado de
6% da RGA, o que também gerou protestos. Os deputados aprovaram o PL em
primeira votação, mas depois a sessão foi suspensa pela Justiça.
Na
sessão seguinte, foi encaminhado projeto substitutivo que acabou aprovado pelos
deputados e, agora, sancionado por Taques. A lei prevê 2% de reposição em
setembro, 2,68% em janeiro de 2017 e 2,68% no mês de abril do próximo ano. Os
outros 3,92% seriam pagos em duas parcelas, em junho e setembro de 2017, mas
dependem da situação financeira do estado, que não poderá estourar mais a Lei
de Responsabilidade Fiscal.
Pela
lei da RGA, também ficam suspensas as nomeações de cargos efetivos no governo
até que seja quitada a reposição salarial, exceto quando se tratarem de
aposentadorias ou mortes de servidores da educação, saúde e segurança.
Durante
a greve, a Justiça decretou ilegais as greves de algumas categorias, como as
dos servidores do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), da saúde, do meio
ambiente, dos agentes penitenciários, entre outras. Alguns já retomaram as
atividades, como os servidores do Indea, do Intermat, escrivães, delegados da
Polícia Civil e peritos criminais, mas outros ainda continuam em greve, como os
trabalhadores da educação.
DO G1
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