Política| Perícia vê ação de Dilma em decretos, mas não identifica nas pedaladas
Uma
perícia elaborada por técnicos do Senado, a pedido da defesa de Dilma Rousseff,
apontou que há provas de que a presidente afastada agiu diretamente na edição
de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional. No
entanto, segundo os mesmos peritos, não foi identificada uma ação direta da
petista na decisão de atrasar os pagamentos da União para bancos públicos, as
chamadas "pedaladas fiscais", nos subsídios concedidos a produtores
rurais por meio do Plano Safra.
A
edição dos decretos sem autorização do parlamento e as pedaladas embasaram o
pedido de impeachment que afastou Dilma do comando do Palácio do Planalto.
O
documento, apresentado pelos juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e
Janaina Paschoal, se concentrou em duas acusações relativas a 2015: decretos de
crédito suplementar assinados pela presidente sem autorização do Congresso e as
pedaladas fiscais, que consistem em atrasos nos repasses de dinheiro para
bancos públicos, como o Banco do Brasil no Plano Safra.
O
relatório da área técnica do Senado, que tem 223 páginas, afirma que ocorreram
irregularidades na liberação dos créditos suplementares sem aval legislativo e
nos atrasos de pagamentos de subsídios do Plano Safra aos bancos públicos.
Ainda
segundo a perícia, há provas de que Dilma agiu diretamente na edição dos
decretos. No entanto, segundo os técnicos, não foi identificada uma ação direta
da presidente afastada que determinasse
o atraso nos pagamentos da União para bancos públicos que configuraram as
"pedaladas".
A
perícia foi realizada em cima de laudos do Tribunal de Contas da União (TCU),
que embasam o pedido de impeachment. Num primeiro momento, a comissão de
impeachment negou a solicitação da defesa para que os técnicos analisassem os
documentos. Depois, atendendo a recurso dos advogados de Dilma, o presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, determinou que a perícia
fosse realizada.
Do G1
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