Infecção tardia de zika durante gravidez tem menos risco, diz estudo
Estudo
publicado pelo “The New England Jounal of Medicine” nesta quarta-feira (15)
concluiu que infecções tardias pelo vírus da zika em grávidas - no terceiro
trimestre da gestação - trazem menos risco aos bebês.
Os
pesquisadores dizem não ter encontrado defeitos congênitos evidentes em 616
bebês de mães que apresentaram os sintomas causados pelo vírus da zika. Todas as
gestantes estavam no terceiro trimestre da gravidez.
A
epidemiologista e autora do relatório, Margaret Honein, dos Centros de Controle
e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), alertou que os dados
publicados ainda são preliminares.
No
entanto, segundo ela, dados de outros países também sugerem que o vírus é mais
perigoso para o feto no início da gravidez. “É um pouco reconfortante”, disse à
revista “Science”. “Mas isso não é de definitivo”, completou.
Depois
do Brasil, a Colômbia, local onde foi realizada a pesquisa, tem o maior número
de casos de infecção pelo vírus da zika. Desde agosto de 2015, as autoridades
de saúde do país dizem ter registrado mais de 65 mil casos suspeitos.
“Os
novos dados da Colômbia são interessantes, mas devem ser tratados com cautela”,
disse Nikolaos Vasilakis, virologista da Universidade do Texas. Segundo ele, a
precisão para detectar e diagnosticar o vírus da zika ainda é um grande
desafio, porque os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças
comuns, como a dengue e chikungunya.
No
Brasil, o número de notificações do vírus da zika passa de 127 mil, segundo
Ministério da Saúde. A malformação mais comum decorrente da infecção é a
microcefalia, que atinge o bebê ainda durante a gravidez.
Recentemente,
pesquisadores confirmaram que os fetos infectados desenvolvem uma série de
problemas em várias regiões do corpo, como o cérebro e os olhos, causando
deficiências auditivas, visuais e nos membros.
Do Bem Estar
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