Eleições 2016| TSE acata sugestão de juiz eleitoral de Mato Grosso
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou sugestão do juiz Wanderlei José dos
Reis, titular da 46ª Zona Eleitoral de Mato Grosso, no sentido de reduzir de
oito para quatro as tentativas de habilitação do eleitor na urna eletrônica,
através de sua identificação biométrica. A medida vale para os municípios que
usam a biometria para identificar o eleitor no momento da votação.
Assim,
nas eleições municipais de 2016, nos locais onde há identificação biométrica, o
presidente de cada seção eleitoral tentará a identificação do eleitor pelas
suas digitais por até quatro vezes, conforme passou a dispor o art. 53, inciso
VI, da Instrução n.º 536-80.2015.6.00.0000/TSE e da Resolução n.º 23.456/TSE,
de 15.12.2015.
O
município de Rondonópolis passou a utilizar a biometria para a identificação do
eleitor nas eleições gerais de 2014. Na ocasião, o juiz eleitoral Wanderlei
Reis constatou, já no primeiro turno de votação, uma certa demora na
identificação biométrica dos eleitores. "Isso atravancou muito o trabalho
nas seções eleitorais, porque oito tentativas de identificação se mostrou um
número demasiado alto, por isso oficiei imediatamente ao TSE sugerindo e
solicitando a redução para quatro tentativas de identificação, o que se mostra
ideal e certamente trará mais celeridade ao procedimento cotejado com a segurança
da identificação biométrica de cada eleitor".
Mestre
em direito constitucional, doutor e pós-doutor em direito, o juiz Wanderlei
Reis já havia atuado como servidor de carreira da Justiça Eleitoral de Mato
Grosso do Sul em 1.998 em Dourados e lá teve a oportunidade de trabalhar
realizando a instrução de mesários, coordenadores e membros de juntas
eleitorais na histórica implantação da urna eletrônica naquele município.
Já
como juiz eleitoral em Mato Grosso, atuou em Chapada dos Guimarães nas eleições
municipais de 2004 e nas eleições gerais de 2010 em Sorriso. Em Rondonópolis desde 2014, trabalhou na
implantação da identificação biométrica dos eleitores com as urnas eletrônicas
no município até a sua primeira utilização. "A biometria é algo novo para
nós, trazendo segurança na identificação do eleitor e representando mais um
avanço da nossa Justiça Eleitoral com a quebra de um paradigma e se constitui
em um desafio, sobretudo, para os mesários. Já no 1º turno de 2014 pude
perceber na prática de cada seção eleitoral que a causa da demora no
atendimento e das filas era o número elevado de tentativas de identificação
biométrica de cada eleitor, o que não irá se repetir nessas eleições municipais
com a acertada decisão do TSE de reduzi-lo. Na prática o processo continua
seguro e agora mais ágil", finalizou.
O
magistrado desenvolve ainda o Projeto Voto Consciente nas Eleições Municipais
de Rondonópolis, por meio do qual ministra palestras a estudantes de escolas e
universidades públicas e privadas.
DO TRE MT
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