Ministro da Fazenda de Lula e Dilma, Guido Mantega é alvo de operação da PF
Ministro da Fazenda nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Guido Mantega foi obrigado a prestar depoimento à Polícia Federal como parte das investigações da Operação Zelotes, na manhã desta segunda-feira (9).
A condução coercitiva do ex-ministro, que teve de prestar depoimento em São Paulo, foi um pedido da Polícia Federal à Justiça com apoio do Ministério Público Federal. Foi a segunda solicitação do gênero envolvendo Mantega – a anterior não havia sido autorizada.
A investigação apura a ligação de Mantega com uma empresa suspeita de comprar decisões – por meio da compra de Medidas Provisórias – do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão subordinado ao Ministério da Fazenda, na época em que comandava a pasta.
Mantega foi citado por suspeitos como sendo amigo de um dos alvos da fase da Zelotes, que teve nova fase deflagrada nesta segunda-feira (9). De acordo com informações da TV Globo, a PF deve cumprir um total de 30 mandados, no Distrito Federal e nos Estados de Pernambuco e São Paulo.
Além de condução coercitiva, os mandados incluem pedidos de busca e apreensão.
Amigo de Mantega
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram nesta manhã mais uma fase da Operação Zelotes que investiga esquema de compra de votos no Carf, o conselho vinculado ao Ministério da Fazenda que julga recursos de multas de grandes contribuintes. O alvo é a Cimento Penha, firma do empresário Victor Garcia Sandri, amigo do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os investigadores pediram medidas contra Mantega, mas inicialmente a Justiça Federal não autorizou.
A empresa teria comprado o então conselheiro do Carf Valmar Fonseca de Menezes para anular seu débito. O MPF sustenta que o ex-ministro Guido Mantega nomeou, em junho de 2011, Valmar e também o então conselheiro José Ricardo da Silva - já condenado na Zelotes - para a câmara que analisou o caso do seu amigo. Com isso, a Cimento Penha conseguiu abater débito de R$ 106 milhões em julgamento no Carf.
Mantega já teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados. Também foram ordenadas as mesmas medidas em relação à Coroado Administração de Bens, empresa do ex-ministro petista. A Coluna do Estadão apurou que o MPF solicitou o cumprimento de ao menos 15 mandados de busca e apreensão e 15 conduções coercitivas.
Em e-mails interceptados pela Zelotes, o empresário Victor Sandri menciona o nome de Mantega em conversas com o então conselheiro Valmar. As investigações teriam encontrado pagamento de R$ 15 milhões para empresa de auditoria e consultoria vinculada a Valmar.
* Com Estadão Conteúdo
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