Leandro Carvalho, Secretário de Cultura. Foto: Andréia Lobo |
Após seleção pública realizada no segundo semestre do ano passado, a Secretaria de Estado de Cultura lança o programa Circula MT. São 31 projetos selecionados para a realização de ações culturais e educacionais em toda as regiões do Estado, levando artistas a teatros, praças, escolas, centros culturais, glebas, quilombos e aldeias, em mais de 40 municípios. Alto Taquari é um deles.
A iniciativa vem de encontro a um dos principais anseios dos artistas mato-grossenses de ampliar o alcance de sua produção a novos públicos, proporcionando o acesso gratuito a bens culturais em regiões com pouco, ou nenhuma, oferta cultural. O programa também prevê, em cada etapa, oficinas de capacitação e outras ações de formação, movimentando diversos segmentos e democratizando o acesso à cultura em todo o território mato-grossense.
“Existe boa e farta produção de espetáculos esperando a oportunidade de ganhar vida novamente e chegar a novos municípios. Reafirmamos nosso compromisso com a democratização do acesso a cultura e a urgente necessidade de atingir os extremos de nosso Estado”, afirma o secretário de Estado de Cultura, Leandro Carvalho.
As ações tiveram inicio no mês de fevereiro de 2016. Já estão em curso a exposição “Eqüevo”, de Luis Segadas, as oficinas musicais “Conexões”, de Wellington Berê, o projeto “Tchapa e Cruz”, do rapper Linha Dura e o Mato Grosso Imersivo, de Julian Zito. Este último, apresentado em escolas de Diamantino, Primavera do Leste, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, amplia as sensações do audiovisual, exibindo produções mato-grossenses de animação dentro de um planetário. Os alunos alcançados pelo projeto, também aprendem a idealizar filmes a partir da técnica de animação stop motion.
De acordo com o produtor cultural Julian Zilio, que desenvolve o projeto ao lado do artista Umberto Magalhães, o Circula MT se configura como uma oportunidade de revelar seu trabalho e chegar a lugares que dificilmente teriam a chance de receber um projeto como este.
“O que a gente está mostrando a essas crianças e adolescentes, é que é possível fazer cinema, utilizando recursos mínimos, basta ter entendimento sobre as técnicas. O resultado da oficina que realizamos no Distrito de Deciolândia, em Dimamantino (a 229 km de Cuiabá), foi incrível”, conta.
Entusiasmada, a professora Elci, se declarou emocionada com ao notar o envolvimento dos alunos. “Eles nunca tiveram uma experiência como essa. Como a gente vive na zona rural, é quase impossível que tenhamos a chance de levar os alunos para outros lugares e esse projeto é maravilhoso porque chegou até nós. E toda a comunidade escolar se integrou: pais, alunos e professores, foi um grande acontecimento”.
O artista Luis Segadas que leva sua exposição ainda a Rondonópolis, Sinop e Barra do Garças, também comemora a interiorização das ações culturais. “Essa abrangência dos editas, mostra realmente a vontade política de fazer algo mudar”, ressalta. Na temporada em Cuiabá, ele segue realizando coleta seletiva, oficinas, exibição de filmes e uma feira de trocas até o dia 20.
O músico Wellington Berê comunga da mesma opinião. “Meu projeto é o ‘Conexões’ e o nome tem muita sintonia com este edital da Secretaria de Estado de Cultura. O que estamos fazendo é exatamente isso, conectando Mato Grosso. O Estado tem grandes músicos, muitos deles, vivem no interior e poucas são as oportunidades de interação com outros profissionais. O edital percebeu esta necessidade e foi de encontra a ela, contemplando a todos nós, músicos, e público”, arremata.
Vale ressaltar, a programação e cobertura em tempo real de todas as ações pode ser acessada pela página exclusiva de Facebook, Circula MT, ou pelo site da Secretaria de Estado de Cultura, cultura.mt.gov.br.
Assessoria de Comunicação
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