O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, informou nesta quarta-feira (2) que
autorizou a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O
peemedebista afirmou que, dos sete pedidos de afastamento que ainda estavam
aguardando sua análise, ele deu andamento ao requerimento formulado pelos
juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
O
pedido de Bicudo – um dos fundadores do PT – inclui as chamadas “pedaladas
fiscais” do governo em 2015, como é chamada a prática de atrasar repasses a
bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária.
"Quanto
ao pedido mais comentado por vocês proferi a decisão com o acolhimento da
denúncia. Ele traz a edição de decretos editados em descumprimento com a lei.
Consequentemente mesmo a votação do PLN 5 não supre a irregularidade",
disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara.
A
decisão ocorreu no mesmo dia em que a bancada do PT na Câmara anunciou que vai
votar pela continuidade do processo de cassação de Cunha no Conselho de Ética.
Ao longo do dia, Cunha passou a consultar aliados sobre a possibilidade de
abrir o processo de impeachment da presidente da República.
Na
tarde desta quarta, o peemedebista tratou do assunto, em seu gabinete, com
deputados de PP, PSC, PMDB, DEM, PR e SD. Segundo parlamentares ouvidos pelo
G1, ele queria checar se teria apoio dos partidos caso decidisse autorizar o
impeachment.
Nos
bastidores, aliados do presidente da Câmara mandavam recados ao Palácio do
Planalto de que ele iria deflagrar o processo de afastamento da presidente se o
Conselho de Ética desse andamento ao processo de quebra de decoro parlamentar
que pode cassar o mandato dele.
Fonte: G1 ( Leia mais aqui )
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