Com rombo de R$ 9,1 bi, a Saúde mendiga dinheiro de emendas parlamentares
Às voltas com cortes orçamentários que somam pelo menos R$ 9,1 bilhões, o Ministério da Saúde prevê que o SUS evoluirá em 2016 da situação precária em que se encontra para um quadro dramático. Ignorada pela área econômica do governo, a pasta da Saúde tenta convencer deputados e senadores a usar verbas das chamadas emendas de parlamentares para restituir parte do dinheiro cortado. O quadro é de mendicância político-administrativa.
Se nada for feito, o Programa Farmácia Popular, que vende remédios a preços baixos, deixará de existir no ano que vem. Estima-se na pasta da Saúde que o dinheiro destinado a procedimentos como hemodiálise e cirurgias eletivas, com data marcada, acabará até outubro de 2016. Também a verba que financia o Samu, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, acabará três meses antes do final do ano.
Sob o impacto da queda na arrecadação de impostos, a previsão de gastos do governo com Saúde no ano que vem foi reduzida em R$ 3,8 bilhões. Como se fosse pouco, foram passados na lâmina R$ 5,3 bilhões que seriam destinados aos chamados procedimentos médicos de média e alta complexidade. Encaixam-se nessa categoria, por exemplo, as consultas especializadas, os tratamentos de câncer, as cirurgias cardíacas, as neurocirurgias, assistência a vítimas de queimaduras, distrofias musculares e um imenso etcétera.
Em meio a esse quadro de penúria que desafia a tese oficial segundo a qual os gastos sociais não foram afetados pelos cortes, Dilma Rousseff negocia com o baixo clero do PMDB da Câmara, na bacia das almas da sua reforma ministerial, o Ministério da Saúde. Faz isso para tentar reduzir os risco de abertura de um processo de impeachment.
Via: BlogdoJosias
Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.