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Brasil tem 46% de adultos inativos e 21,4% de hipertensos, diz pesquisa

 
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios abordou o tema da saúde em 1998, 2003 e 2008 e também do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), feito anualmente desde 2006. Além do exercício físico, outros dados importantes foram colhidos nas quase 82.000 casas visitadas.

A pressão arterial foi considerada anormal (acima de 12,5 x 8,5) em 21,4% dos entrevistados. O colesterol elevado foi encontrado em 12,5% deles, enquanto os adultos classificados como insuficientemente ativos atingiram a proporção de 46%. 

A alimentação da população das metrópoles mudou radicalmente. O tradicional arroz, feijão, bife e salada já não é o padrão e, pelo pouco tempo para se alimentar, os alimentos industrializados preponderaram. Com isso, gorduras saturadas e o sal tiveram aumento de seu consumo.

Os homens foram mais ativos fisicamente, apesar de que ainda elas são as que mais frequentam academias. Interessante é que os menos favorecidos são os mais ativos, pois utilizam meios de locomoção alternativos, incluindo caminhadas e bicicleta para ir ao trabalho e para a escola.

Ainda sobre o exercício físico, sabemos que os brasileiros bem ativos não alcançam 12% atualmente, e o sedentarismo, como explicamos em colunas anteriores, é considerado um perigoso fator de risco para as doenças degenerativas que acometem os adultos acima de 50 anos. As recomendações continuam as conhecidas: realizar atividades físicas quatro vezes por semana, de intensidade moderada e evitando as provas de grande desgaste, para os atletas bem preparados. O benefício somente apareceu quando foi mantida regularidade por meses, lembrando que tudo se perde ao se abandonar os exercícios.

As complicações cardiovasculares diferem no homem, que teve mais infarto do miocárdio. Na mulher, a principal causa de morte foi o derrame cerebral, em segundo o infarto do miocárdio, seguido pelo câncer de mama. Até os tratamentos dessas doenças cardiovasculares são mal conduzidos. A reabilitação após infarto, derrame, cirurgia de ponte de safena e angioplastia não é receitada rotineiramente pelos médicos, e isso fez a diferença em relação ao retorno à vida normal, com boa qualidade de vida.

Temos que mudar essas estatísticas do IBGE. Cada um de nós deve corrigir os hábitos de vida não saudáveis e ensinar, desde a primeira infância, nossos filhos a evitar refrigerantes substituindo-os por sucos naturais de frutas e não acostumá-los a usar sal em excesso, pois ele não é tempero. O costume brasileiro deve mudar, tirando o saleiro da mesa e não consumindo alimentos com muito sal. Mesmo os doces devem ter controlada sua ingestão pelas crianças.

Com as prevenções e melhor acesso aos tratamentos, ocorreu um aumento da idade média dos brasileiros, mas as doenças degenerativas vindas dos maus hábitos, ainda deterioram a qualidade de vida dos idosos.


Fonte: G1
 

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