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ALTO TAQUARI SOFRE COM DESATIVAÇÃO DE TERMINAL FERROVIÁRIO

Aparentemente privilegiada pela localização geográfica que lhe garante uma maior proximidade dos centros exportadores, Alto Taquari saiu na frente de diversos outros municípios mato-grossenses em 1999, quando o Terminal Ferroviário foi instalado. A promessa trazida pelos trilhos do trem era de aquecimento econômico, maior competitividade para o agronegócio e desenvolvimento municipal.

Hoje, 15 anos depois, a história real é outra. Gradativamente, o terminal foi sendo abandonado pela concessionária da ferrovia, que instalou outra estrutura similar em Alto Araguaia e um complexo maior em Rondonópolis. Os preços pagos pelo transporte continuaram altos, pois são equiparados ao frete rodoviário, e aos poucos as cargas de produtos agrícolas passaram a ser direcionadas para o terminal de Rondonópolis.

“Atualmente, o que está sendo movimentado são os terminais de carregamento de combustíveis apenas”, explica o secretário municipal de Indústria, Comércio e Turismo de Alto Taquari, Erocy Scaini.

Preocupado com as perspectivas econômicas do município, Erocy tem travado uma luta diária em busca de alternativas para reativar o terminal ferroviário. Com números na ponta da língua e um diagnóstico do problema, tem levado ofícios e feito reuniões com Governo do Estado e Ministério da Agricultura para pedir ajuda. “Contamos agora com o apoio da Aprosoja-MT também”, afirma ele.

Com o foco direcionado à busca por soluções, Erocy lista algumas ações que poderiam ajudar a superar a retração econômica. Uma delas é a terceirização da gestão do terminal ferroviário de Alto Garças, visando manter a operação ativa. “Infelizmente, o modelo da concessão da ferrovia gera receita para o operador apenas no transporte da carga, e não no armazenamento. Como o modelo adotado foi de um sistema monopolista, não há como abrir espaço para mais operadores logísticos na ferrovia, o que tende a inviabilizar a operação do terminal. Se tivéssemos um modelo que permitisse o uso compartilhado dos trilhos, certamente algum operador teria interesse em Alto Taquari”, observa o presidente da Aprosoja-MT, Ricardo Tomczyk.

Outra proposta é que o Governo do Estado busque aproveitar a estrutura já instalada no terminal para criar um pólo industrial, adaptado à vocação econômica do município. Como complemento, a secretaria municipal propôs ao Estado que doe uma área de 100 hectares no entorno do terminal para ali desenvolver um projeto de verticalização da economia local, hoje fortemente ancorada na produção de grãos e na pecuária.

A equalização da alíquota do ICMS em relação ao que é cobrado nos estados vizinhos – MS e GO – também é citada como uma ação que pode ajudar a economia de Alto Taquari. “Com isso, poderemos nos tornar pólo de distribuição de combustível para os estados vizinhos, competindo diretamente com Senador Canedo, em Goiás”, pontua Erocy.




Fonte: G1MT/com ASCOM

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