A seleção brasileira treinou muito pouco para a Copa do Mundo de 2014.
Foi a menor preparação para um Mundial dos últimos 20 anos. O tempo
escasso provocou algo que ficou manifesto aos olhos de quem viu o Brasil ser goleado pela Alemanha no Mineirão por 7 a 1 na terça-feira: o Brasil despreparado sucumbiu para uma equipe que há anos joga num mesmo padrão de jogo.
Bastaram
duas ausências num jogo importante para o Brasil entrar em pane. As
saídas de Thiago Silva e Neymar, pilares da defesa e do ataque do time,
escancararam que o Brasil não estava preparado para qualquer desvio de
rota.
A seleção não treinou alternativas antes da Copa e nos dias que antecederam o jogo Felipão preferiu “brincar” de técnico.
Tentou tirar da cartola uma sacada genial, mas a opção escolhida foi a
menos observada e testada. O risco era inevitável. E acabou se
comprovando. "Acho que nos preparamos melhor que o Brasil", disse o
zagueiro Per Mertesacker depois do jogo.
A formação com Bernard, a escolhida por Felipão para
iniciar a partida no Mineirão, não foi treinada na Granja Comary nem por
10 minutos, os últimos da atividade de segunda-feira em Teresópolis.
O
técnico admitiu depois do vexame para sempre gravado no seu currículo
que queria “despistar” a imprensa. O técnico da seleção brasileira, às
vésperas do jogo mais importante do ano até então, decidiu deixar a
escalação contra um dos melhores times do mundo para os minutos finais
de um treino na véspera do encontro. Não poderia dar certo.
"Vocês
(jornalistas) estavam lá, passam informações para a TV, e o adversário
escuta e vê. A gente quer confundir. Nós falamos que tínhamos vistos os
vídeos, e precisava de um jogador de velocidade em lances de linha de
fundo. Por isso coloquei ele (Bernard). Ele sabia que ia jogar", disse o
técnico, julgando normal o seu procedimento.
"Vou me arrepender
do quê? Em determinadas oportunidades achei que com a volta do Oscar,
Hulk e Bernard poderíamos fechar o setor de meio. Não tem do que me
arrepender. É uma escolha que o técnico faz e tem que arcar com as
consequências", disse Felipão.
O Brasil chegou à Granja Comary no
dia 26 de maio. Começou a treinar com bola no dia 28 e os times
montados se basearam no que foi campeão da Copa das Confederações, a
muleta encontrada pela comissão técnica para justificar a falta de
alternativas. Um time campeão no evento teste, mas que em um ano ficou
previsível. Sem Neymar mais ainda. E não houve nenhum treino para se
saber como se portaria o time sem ele.
Para o lateral-direito
Daniel Alves o número de treinos foi suficiente. "Dizem que a gente
treinou pouco, mas a gente acha que treinou bastante. A gente vem de um
ano de competição em alto nível. E a gente não precisava. Às vezes não é
quantidade de treino, mas qualidade. E a gente teve", avaliou o lateral
que ficou no banco contra a Alemanha.
Fonte: IG
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.