domingo, 20 de outubro de 2013

MASTURBAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA PODE PROVOCAR DISTÚRBIOS COMO A EJACULAÇÃO PRECOCE NA FASE ADULTA


Pesquisa constatou que 25,6% dos homens na faixa entre 26 e 40 anos têm ejaculação rápida


O estudo realizado em 2002 sobre a vida sexual do brasileiro, idealizado e coordenado pela médica psiquiatra Carmita Abdo, fundadora do ProSex – Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas, constatou que 25,6% dos 831 homens pesquisados, na faixa entre 26 e 40 anos, têm ejaculação rápida. Dos 749 homens que relataram ejaculação rápida, 44,6% ejaculam logo após a penetração.

Os resultados gerais mostram uma presença significativa dessa disfunção sexual masculina em nossa população e em todas as faixas etárias. Porém, muitos homens desconhecem o problema, principalmente no caso dos jovens, que acham normal a maneira como “funcionam”.

Podemos considerar como ejaculação rápida quando ela acontece antes, durante ou logo após a penetração, independente da vontade do homem. Em decorrência disso, ele não consegue satisfazer a parceira em pelo menos 50% das relações sexuais, já que a mulher precisa de maior tempo para atingir o orgasmo.
 
Problemas orgânicos podem ser uma das causas da disfunção, como certas doenças neurológicas. Mas, os aspectos psicológicos e comportamentais são os mais comuns. A ansiedade é a causa principal, geralmente associada a diversas situações: preocupação com o desempenho sexual, sentimentos de culpa, problemas financeiros e de relacionamento do casal, entre outros.

 A prática da masturbação concomitante a um quadro ansioso, na fase da puberdade, pode levar à disfunção. Um exemplo disso ocorre quando o adolescente se masturba rapidamente, no banheiro ou em seu quarto, e quer chegar logo ao gozo com medo de ser surpreendido ou importunado. Homens que têm transas rápidas durante um bom tempo também podem acabar perdendo o controle ejaculatório, além de experimentar uma diminuição do prazer.
Com o passar do tempo e tendo transas frustrantes, mais ansiosos os homens ficam, maior quantidade de adrenalina produzem e mais rapidamente ejaculam.

Caro leitor, pelo que descreveu esse é seu caso. Você já usou medicamentos, talvez antidepressivos para diminuir o nível de ansiedade, mas de nada adiantaram.
Para o êxito no tratamento, em muitos dos casos combinamos uma medicação com a terapia sexual. A partir de técnicas científicas e específicas, o homem desenvolve recursos para lidar com sua ansiedade, faz um treino para adquirir o controle ejaculatório e elabora questões ligadas às causas psicológicas, emocionais ou comportamentais que deram origem ao problema. Procure um (a) terapeuta sexual e faça uma avaliação.

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