FÁBIO FINELLI,ASSESSOR DO PALMEIRAS FALA SOBRE SUA PROFISSÃO
Foto:Arquivo Pessoal |
Fábio Finelli é jornalista,
formado na FIAM ( Faculdades Integradas Alcântara Machado). Assessor de
imprensa do Palmeiras desde 2007, sete
anos de TV Globo, esta cursando Pós Graduação em Gestão e MKT, esportivo e
viciado pelo “velho” samba, esse é o perfil do nosso entrevistado. Fábio
Finelli concedeu uma entrevista para o Jornalista em Formação Aparecido Marden, aluno do 4° Semestre de
Comunicação Social (Unemat).
(Aparecido Marden ) Quando você
percebeu que gostaria de ser jornalista?
Fabio Finelli - Na verdade, desde criança. Sempre gostei de
escrever, de ler, de fazer textos. Como eu era palmeirense, tinha um diário do
Palmeiras. Anotava e fazia comentário de todos os jogos, isso desde que eu
tinha 10 anos. A partir daí começou meu gosto pelo jornalismo.
(Aparecido
Marden ) Após concluir seu curso, qual foi o seu primeiro emprego?
Fabio Finelli - Eu comecei a trabalhar no jornalismo da TV Globo em
2001, quando estava no primeiro ano da faculdade. Fiquei em uma área mais técnica,
mas mesmo assim, envolvido com jornalismo. Como a maioria dos estudantes, meu
sonho era trabalhar no jornalismo esportivo. Na Globo, por falta de
oportunidade, nunca consegui. Fiz meu TCC para entrar no mercado de trabalho da
área esportiva. Foi um site futebolístico, que durou de 2005 a 2007. Chamamos
alguns jornalistas renomados para escrever alguns textos para a gente, tínhamos
bons contatos, e o nosso site, que era um projeto de TCC, acabou se tornando
conhecido por algum tempo. Isso me ajudou muito.
(Aparecido Marden ) Como conseguiu o emprego junto, a assessoria do
Palmeiras?
Fabio Finelli - Eu era um pouco conhecido no Palmeiras pelas
matérias diferentes, investigativas, que eu escrevia no meu site. Já tinha um
currículo na Globo também. E mesmo sem experiência na área de assessoria, fui
chamado pela agência que entrou no Palmeiras para eu fazer parte da equipe.
(Aparecido Marden ) Durante esses cinco anos assessorando o Palmeiras,
qual foi sua maior dificuldade, em termos de notícias e boatos?
Fabio Finelli - Dificuldades existem dia após dia. No Palmeiras,
pelo fato de ser um clube grande que não ganha títulos há algum tempo, a
pressão e a crise são sempre constantes e maiores. No Palmeiras também acontece
muito vazamento de informações internas, e isso não dá para ser controlado pela
assessoria de imprensa. Como vaza muita coisa, nosso trabalho aumento no
sentido de sempre ter que ficar rebatendo as inverdades que saem nos jornais.
(Aparecido Marden ) Aprendemos durante o curso que existe a imparcialidade,
e que fazer notícia é diferente de fazer assessoria, sendo assim, pergunto
a você, sempre foi torcedor do Palmeiras
ou apenas defende o time por ossos do ofício?
Fabio Finelli - Sempre fui palmeirense. Hoje, trabalhando aqui há
cinco anos, sou mais profissional do que palmeirense. Você aprende a lidar com
determinadas situações e não podem agir com o coração. Acho importante ser
torcedor e trabalhar no time que torce. Não que isso seja fundamental, mas eu,
por exemplo, sei de fatos históricos que aconteceram ao longo da história do
clube e posso levar essas informações prontamente à imprensa assim que
perguntado. Isso ajuda e objetiva o trabalho.
(Aparecido
Marden ) No dia 17 de junho do ano de 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal),
determina que não fosse mais obrigatório o diploma para ser uma Jornalista.
Para você, essa decisão mudou alguma coisa na questão, profissionalismo e
competência?
Fabio Finelli - Acho que não
mudou, pois o curso continua em alta e a maioria das empresas continua
contratando apenas os jornalistas diplomados.
(
Aparecido Marden ) Fábio , qual a mensagem que você deixa para os futuros
jornalistas em formação?
Fabio Finelli - A mensagem
que eu digo sempre é que, muita vezes, as pessoas começam a fazer jornalismo
achando que é um conto de fadas, que vai aparecer na TV ou trabalhar com
futebol. A profissão é muito mais árdua do que parece. Se paga mal,
principalmente no começo. Trabalha-se muito. Não existe feriado, nem finais de
semana. É claro que, atualmente, o mercado está difícil e todas as profissões
são concorridas. Mas no jornalismo, é mais. Não é fácil. Mais do que querer,
tem que gostar muito. Tem que ter dom, tem que ter um algo a mais. E muitas vezes
os estudantes só descobrem isso quando terminam a faculdade. Aí, já é tarde.
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